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Ibovespa tem maior queda desde junho com exterior e ajuste em expectativa para Selic

Publicado 06.09.2022, 17:39
Atualizado 06.09.2022, 17:40
© Reuters
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa caiu mais de 2% nesta terça-feira, véspera de feriado no Brasil, em meio à aversão a risco com aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano e declarações de autoridades do Banco Central no Brasil buscando ajustar expectativas sobre o rumo da Selic.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em baixa de 2,17%, a 109.763,77 pontos, quebrando uma série de três altas, período em que acumulou ganho de 2,45%. Foi a maior queda percentual diária desde 17 de junho. O volume financeiro no pregão somou 27,3 bilhões de reais.

A B3 (BVMF:B3SA3) estará fechada na quarta-feira em razão do feriado pelo Dia da Independência no Brasil.

O avanço dos yields dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos na volta do feriado, de acordo com o gestor Luiz Adriano Martinez, da Kilima Asset, provocou uma aversão a risco global, o que ajuda a explicar o declínio no pregão brasileiro.

O rendimento do Treasury de dez anos atingiu o nível mais alto desde junho nesta sessão, afetado pelas expectativas de que o Federal Reserve continuará elevando sua taxa de juros e uma grande quantidade de oferta de dívida corporativa.

No mercado acionário norte-americano, o S&P 500 fechou em baixa de 0,41%.

Martinez também chamou a atenção para declarações de membros do BC brasileiro, que foram entendidas pelo mercado como uma probabilidade maior de alta de 0,25 ponto percentual na Selic na próxima reunião do Copom. "O mercado precificava não ter mais altas nas próximas reuniões em função", afirmou.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse na segunda-feira à noite que a autoridade monetária não pensa em queda de juros neste momento e que a batalha contra a alta de preços no país não está ganha.

Na visão de economistas do Citi, o discurso de Campos Neto foi mais 'hawkish' quando comparado ao que está precificado atualmente na curva de juros, que é o início do ciclo de flexibilização já no primeiro trimestre de 2023, segundo relatório enviado a clientes.

Nesta terça-feira, o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra, reforçou o tom 'hawkish' ao afirmar que o processo de controle inflacionário no Brasil ainda é bem incipiente e que o BC discutirá um possível ajuste residual na Selic na reunião de política monetária este mês.

A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC acontece nos dias 20 e 21 de setembro.​​

Economistas estimavam que o BC teria encerrado o ciclo de alta da Selic no mês passado, quando a elevou em 0,50 ponto, para 13,75% ao ano, segundo a pesquisa Focus mais recente, que também mostrou previsão de queda do juro em 2023, a 11,25%.

Agentes financeiros também tendem a monitorar eventos relacionadas ao 7 de Setembro, em razão de eventuais ruídos políticos, conforme se aproxima o primeiro turno da eleição presidencial no país, marcado para o começo de outubro.

Pesquisa Ipec divulgada na noite da véspera mostrou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 44% de apoio na disputa pelo Palácio do Planalto, enquanto o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) teve 31%.

De acordo com o diretor de investimentos do Credit Suisse (SIX:CSGN) para a América Latina, Luciano Telo, investidores estão em compasso de espera para o desfecho da eleição, particularmente por causa de incertezas ligadas à política fiscal a partir do próximo ano.

Destaques

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) fechou em baixa de 3,69%, a 32,10 reais, conforme o contrato do petróleo Brent, usado como referência pela estatal, encerrou com declínio de 3%.

- VALE ON (BVMF:VALE3) cedeu 2,38%, a 63,67 reais, contaminada pelo movimento mais vendedor no mercado como um todo, apesar de nova alta dos preços do minério de ferro na Ásia, após a China sinalizar necessidade urgente de estímulo econômico adicional e o banco central cortar uma relação de reservas cambiais para apoiar o iuan.

- MRV ON (BVMF:MRVE3) perdeu 8,51%, a 10,86 reais, com o setor imobiliário como um todo sofrendo com o movimento de alta dos juros futuros, na esteira dos comentários mais 'hawkish' do BC brasileiro, bem como do comportamento dos títulos do Tesouro dos EUA.

- MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) caiu 7,41%, a 4 reais, com o setor de varejo entre as maiores quedas, uma vez que estão entre os que se beneficiaram das perspectivas de término do ciclo de alta da Selic. VIA ON (BVMF:VIIA3) cedeu 7,67% e AMERICANAS ON (BVMF:AMER3) recuou 5,24%.

- GPA ON (BVMF:PCAR3) caiu 4,09%, a 22,73 reais, depois de saltar 9,72% na véspera. Após o fechamento na segunda-feira, o dono dos supermercados Pão de Açúcar anunciou a segregação de sua unidade colombiana Éxito por meio de uma redução de capital, na qual distribuirá 83% das ações que detém na empresa aos acionistas.

- TIM ON (BVMF:TIMS3) avançou 2,19%, a 12,15 reais, com o setor de telecomunicações entre os poucos com sinal positivo no Ibovespa. TELEFÔNICA BRASIL ON (BVMF:VIVT3), que opera sob a marca Vivo, fechou com acréscimo de 0,77%.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) recuou 0,93%, a 26,73 reais, e BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) caiu 0,62%, a 19,23 reais.

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