O Ibovespa deu uma arrancada na sessão de negócios de hoje e testou, por vários momentos, para conseguir fechar na marca dos 115 mil pontos, nível que frequentou pela última vez em 17 de fevereiro passado (115.309,08). Assim, o índice Bovespa terminou com ganhos de 1,88%, aos 115.128,63 pontos. Ao contrário do início da semana, quando as preocupações com a questão fiscal foram preponderantes para a pisada no freio dos investidores, hoje, com a definição mais clara sobre a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), na semana que vem, e notícias sobre o andamento do processo de imunização no país, as ordens de compra foram disparadas.
As ações de primeira linha do setor financeiro, ainda bastante descontadas, seguiram com altas fortes. Itaú Unibanco (SA:ITUB4) PN avançou 3,31% enquanto Bradesco (SA:BBDC4) PN, 4,12%, Banco do Brasil (SA:BBAS3) ON, 5,20% e as units do Santander (SA:SANB11), 2,33%.
Muito embora os pares em Nova York mostrassem claudicância, mas oscilando na maior parte do tempo no terreno negativo pelas indefinições no Congresso americano pelo pacote de estímulos, outros ventos externos ajudaram o Ibovespa: as commodities. Os contratos futuros de petróleo passaram o dia com ganhos perto de 3% e as ações da Petrobras (SA:PETR4) estiveram em sintonia, com as preferenciais e as ordinárias fechando a sessão de negócios com ganhos de 3,27% e 3,63%. O minério de ferro, em US$ 156,58 a tonelada, seguiu impulsionando Vale (SA:VALE3) e empresas correlatas.
Aqui no Brasil, o Congresso Nacional convocou uma sessão no próximo dia 16 para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021. A votação será dividida em duas etapas, uma para deputados e outra para senadores. A convocação foi feita após um acordo do Congresso com o Executivo para votar o projeto da LDO diretamente no plenário e garantir que o governo comece janeiro com uma autorização mínima para executar despesas essenciais. A Lei Orçamentária Anual (LOA), com os valores para cada ministério e a definição das emendas parlamentares, deve ser votada em fevereiro.
Também durante o dia, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de aprovar regras que autorizem o uso emergencial e em caráter experimental de vacinas contra a covid-19 vai evitar a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a agência.