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Ibovespa vira no fim e sobe 0,22% no dia, mas cede 3,10% na semana

Publicado 03.09.2021, 14:58
Atualizado 03.09.2021, 18:10
Ibovespa vira no fim e sobe 0,22% no dia, mas cede 3,10% na semana

Vindo de ganho de 2,22% acumulado no período anterior, o Ibovespa chega ao final da semana com perda de 3,10%, no que foi seu pior desempenho desde o intervalo entre 22 e 26 de fevereiro, quando cedeu 7,09%. Nesta sexta-feira, o índice da B3 (SA:B3SA3) virou no fim da sessão para fechar em leve alta de 0,22%, a 116.933,24 pontos, tendo atingido na mínima intradia desta sexta-feira, aos 115.582,88 pontos, o menor nível desde 19 de agosto (114.801,00), que havia sido o mais baixo desde 29 de março. Nas três primeiras sessões de setembro, o Ibovespa acumula perda de 1,56% no mês, levando as do ano a 1,75%. Forte, o giro financeiro foi a R$ 45,9 bilhões no encerramento desta sexta-feira.

Saindo de abertura a 116.678,61 e chegando na máxima da sessão aos 117.395,53 pontos, o desempenho refletiu, em boa parte do dia, a cautela para o fim de semana, aqui e no exterior, com feriado na segunda-feira nos Estados Unidos, pelo Dia do Trabalho, e, na terça, no Brasil, em celebração da Independência que o presidente Jair Bolsonaro trata como "ultimato", após uma longa série de eventos que contribuíram para atiçar os ânimos contra e a favor do governo desde a deliberação - e derrota na Câmara - do voto impresso, precedida por passagem de tanques pela Praça dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios.

"A próxima semana deve ser agitada, com uma série de novos dados econômicos, aqui e fora, mas começará com baixa liquidez, devido ao feriado nos Estados Unidos, seguido, aqui, do 7 de setembro, que este ano resultou em bastante cautela, com as tensões políticas", diz Virgilio Lage, especialista da Valor Investimentos.

"A despeito de todo imbróglio interno e do possível temor em relação a manifestações no 7 de setembro, a taxa de câmbio terminou o dia estável. Considerando que o dólar, de maneira geral, perdeu força hoje no mercado para emergentes, por conta do payroll pela manhã: os dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos vieram mais fracos do que o esperado e acabaram trazendo fraqueza para a moeda americana em relação a divisas emergentes. Aqui, se estabilizou a R$ 5,18, mesmo com a tensão política. Olhando pra frente, as questões internas continuarão tendo peso maior do que o ambiente internacional", diz Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest.

A cautela reflete também, entre outros fatores, a avaliação em geral negativa sobre a reforma do IR aprovada esta semana na Câmara dos Deputados, que contribui para aguçar a percepção de piora do fiscal, apesar da promessa de efeito "neutro", sustentada ao longo do processo de negociação e votação.

No Senado, derrotas colhidas na noite de quarta-feira pelo governo na minirreforma trabalhista e em votação sobre planos de saúde de estatais, que pode dificultar a privatização dos Correios, alimentam a visão de que o desgaste do Planalto solta o freio para iniciativas contrárias ao interesse do governo, faltando pouco mais de um ano para o primeiro turno da eleição presidencial. E, para fechar, a semana conheceu também uma nova tarifa vermelha, de "escassez hídrica", que reforça temores sobre a inflação e lança sombra sobre a retomada econômica, na eventualidade de cenário extremo, de racionamento de energia.

Neste contexto, o mercado corrigiu o excesso de otimismo com as ações para o curtíssimo prazo no Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Entre os participantes, a expectativa de alta para o Ibovespa na semana que vem caiu para 61,54%, de 84,62% na pesquisa anterior. A percepção de estabilidade saltou de 7,69% para 30,77% e a de queda manteve-se em 7,69%.

Por outro lado, no exterior, o relatório sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos trouxe resultados bem abaixo do esperado pelo mercado, com criação de 235 mil vagas de trabalho em agosto, de acordo com o Departamento de Trabalho, ante projeção a 750 mil, observa Túlio Nunes, especialista da Toro Investimentos. "O relatório pode balizar as próximas ações do Federal Reserve, do qual se esperava desaceleração do programa de compra de ativos e, em consequência, menor estímulo monetário", acrescenta.

Na B3, "o Ibovespa aos 116 mil pontos, e com diversas ações em níveis de 2020, de fato, chama atenção para compra. Mas, sem dúvida, a expectativa de crescimento que gerou revisão para cima nas projeções para o Ibovespa perdeu muita força. O nível atual sugere ao menos repique e manutenção, por ora, do patamar - voltar para os 130 mil parece algo bem difícil, vendo a projeção de crescimento e a curva de juros", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.

Na ponta positiva do Ibovespa nesta sexta-feira, destaque para empresas de varejo, como Magazine Luiza (SA:MGLU3) (+4,94%), Lojas Americanas (SA:LAME4) (+4,15%) e Assaí (SA:ASAI3) (+3,53%). No lado oposto, Embraer (SA:EMBR3) cedeu 4,48%, Banco Inter (SA:BIDI4), 3,89%, e PetroRio (SA:PRIO3), 3,30%.

Entre as blue chips, os grandes bancos registraram perdas entre 0,24% (BB (SA:BBAS3) ON) e 1,37% (Unit do Santander (SA:SANB11)), limitadas no fechamento mas, ainda assim, estendendo a forte correção de quinta-feira, quando estiveram entre os maiores perdedores devido ao fim de JCP (juros sobre capital próprio) e à criação da tributação de dividendos, na reforma do IR que passou pela Câmara. O desempenho desta sexta foi misto para o setor de siderurgia (CSN ON (SA:CSNA3) +1,72%, Gerdau (SA:GGBR4) PN -0,04%) e para utilities (Eletrobras PNB (SA:ELET6) +1,94%, Cemig (SA:CMIG4) PN -0,58%), assim como para Vale (SA:VALE3) (ON +0,07%) e Petrobras (SA:PETR4) (PN -1,02%, ON +0,04%), com parte dos papéis respondendo de forma mais intensa na guinada do Ibovespa bem perto do fim da sessão, de giro forte.

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