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Inadimplência atual das famílias não deve ser problema para bancos, diz UBS BB

Publicado 09.09.2022, 11:54
Atualizado 09.09.2022, 11:55
© Reuters.
BBDC4
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ITUB4
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SANB11
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Por Ana Beatriz Bartolo

Investing.com - O UBS BB (BVMF:BBAS3) está confiante em relação à habilidade dos bancos brasileiros de navegar em meio a inadimplência das famílias. Apesar do índice que mede a quantidade de famílias devedoras ter sofrido uma leve deterioração no primeiro semestre, o banco internacional aponta que a situação está longe de se parecer com o ápice da inadimplência em 2012.

De acordo com o Banco Central do Brasil, o índice de inadimplência das famílias encerrou junho em 3,5%, mesmo patamar de dezembro de 2019, pré-pandemia. Mas no 1S22, o índice subiu 0,5 pp.

Ainda assim, o UBS BB afirma que embora espere por alguma deterioração na qualidade dos ativos no 2S22, isso não deve ser um problema significativo para os bancos tradicionais brasileiros.

Atualmente, o índice de inadimplência das famílias está cerca de 2 p.p. abaixo da alta histórica de 5,5% em 2012. 

No entanto, o UBS BB explica que os índices de inadimplência dos produtos de crédito às famílias mais significativos atingiram o pico em momentos diferentes. No crédito automóvel, o pico foi em meados de 2012, no crédito pessoal foi em 2016 e no crédito à habitação, o pico foi no início do Covid, em março de 2020. 

Portanto, é improvável que todos esses produtos apresentem uma grave deterioração simultaneamente, aponta o UBS BB. 

A diferença entre o índice atual e o do pico também difere por produto. Em junho de 2022, o índice de inadimplência em crédito pessoal estava 3,7 p.p. abaixo da máxima histórica, em financiamento de veículos a diferença era de 2,4 p.p. e em cartão de crédito 2,3 p.p.. Para crédito imobiliário e consignado, que são produtos com inadimplência mais estável, as defasagens em relação aos picos históricos de inadimplência são de 1 p.p. e 0,60 p.p., respectivamente.

O UBS BB estima que, no cenário improvável de que os índices de inadimplência retornem aos seus máximos históricos ao mesmo tempo, os índices de inadimplência das famílias do Bradesco (BVMF:BBDC4) e do Itaú (BVMF:ITUB4) aumentariam 1,80 p.p., e os do Santander Brasil (BVMF:SANB11) subiriam 2 p.p.. Assim, o UBS BB projeta que isso levaria a um aumento de 0,80 p.p. a 1,20 p.p. no índice geral de inadimplência.

A expectativa é positiva para os três bancos, na visão do UBS BB, porém a sua principal escolha de compra seria sobre as ações do Bradesco, com preço-alvo em R$ 24.

 

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