Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O conselho de administração do IRB Brasil (SA:IRBR3) RE aprovou na quarta-feira aumento do capital social de até 2,3 bilhões de reais com a emissão de ações ordinárias para subscrição privada ao preço de 6,93 reais por papel.
O valor representa um desconto de 25,6% em relação ao preço de fechamento das ações na quarta-feira. Em 2020, elas acumulam declínio de 76%, respondendo pelo pior desempenho entre os papéis listados no Ibovespa.
O IRB havia anunciado na semana passada a contratação de bancos para coordenar a captação bilionária de recursos para repor provisões técnicas regulatórias fragilizadas por uma fraude contábil.
Os recursos contribuirão para o reenquadramento da companhia aos critérios definidos pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) para cobertura de provisões técnicas e margem adicional de liquidez regulatória, segundo fato relevante.
Ainda, a capitalização fortalecerá a estrutura de capital da empresa e, incrementará sua solvência, o que permitirá a implementação de outras estratégias de negócios para os próximos anos, afirmou.
Os acionistas Bradesco (SA:BBDC4) Seguros e Itaú Seguros comprometeram-se a acompanhar o aumento em suas participações proporcionais no capital do IRB, de cerca de 15,4% e 11,3%, respectivamente, com aporte de, no mínimo, 355 milhões e 259,7 milhões de reais.
Eles consideram, ainda, subscrever ações eventualmente não subscritas durante o período de subscrição. O aumento de capital será no montante mínimo de 2,1 bilhões de reais e prevê emissão de 303.030.304 ações no mínimo e 331.890.331 papéis no máximo.
Acionistas terão direito de preferência para subscrever ações na proporção de 0,35938828 nova ação ordinária para cada 1 ação de que forem titulares no fechamento do pregão da B3 do dia 13 de julho. Para mais detalhes, clique aqui.