Itaúsa vê fim de ineficiência tributária a partir de 2027 após sanção de reforma

Publicado 18.03.2025, 11:57
Atualizado 18.03.2025, 12:00
© Itaúsa

SÃO PAULO (Reuters) - A Itaúsa (BVMF:ITSA4) considera como certo que verá o fim da ineficiência tributária de mais de meio bilhão de reais da holding a partir do início de 2027, depois que a reforma tributária foi sancionada em janeiro.

"Nosso entendimento sobre a ineficiência fiscal é que está 100% equacionada, de que não teremos mais a tributação de Pis/Cofins afetando a receita financeira e a rentabilidade do nosso caixa", afirmou a diretora financeira, Priscila Toledo, em conferência com analistas e investidores da companhia controladora do Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4).

"Hoje, essa ineficiência é de R$650 milhões", acrescentou a executiva. "A aprovação (sanção) da reforma tributária em janeiro traz definição clara de que teremos fim na ineficiência tributária em janeiro de 2027."

Ainda sobre a reforma, a executiva afirmou ainda que a Itaúsa não espera impacto de uma eventual aprovação de tributação de dividendos uma vez que a empresa repassa proventos recebidos do Itaú Unibanco aos seus acionistas, que podem ser impactados pela medida.

A Itaúsa divulgou na noite da véspera lucro líquido recorrente de R$3,7 bilhões no quarto trimestre, crescimento de 16% sobre um ano antes. A ação preferencial da empresa exibia alta de 0,3% às 11h39.

Questionado sobre alocação de capital, o presidente-executivo da holding, Alfredo Setubal, voltou a repetir que a empresa segue focada em redução de endividamento, uma das razões para a chamada, em fevereiro, de aumento de capital de R$1 bilhão, que será realizada com emissões de ações a R$6,70 cada, um desconto em relação à cotação atual de cerca de R$9,50.

Citando o esperado aumento da Selic este ano para o patamar de 15% e eventuais oportunidades de investimento da holding, Setubal afirmou que "retorno de 18% a 20% é muito difícil de encontrar atualmente".

"Continuamos olhando alternativas, temos alguns NDAs (termos de confidencialidade) assinados, mas não temos nenhum apetite, precisaria ser uma oportunidade muito única para fazermos novo investimento", disse o executivo, sem descartar eventual elevação de participação da holding em alguma de suas investidas como a empresa de saneamento Aegea.

 

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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