A JBS (SA:JBSS3) anunciou nesta terça-feira, 1º, que realizou progressos "significativos" na resolução dos problemas causados pelo ciberataque que afetou as operações da empresa na América do Norte e na Austrália durante o final de semana. Em comunicado, a companhia indicou que no Reino Unido e no México não houve danos às operações. Segundo a empresa, com os avanços atuais, a maioria das fábricas estará operacional nesta quarta-feira, 2.
"A JBS é uma parte crítica da cadeia de abastecimento de alimentos e reconhecemos nossa responsabilidade para com os membros da nossa equipe, produtores e consumidores de retomar as operações o mais rápido possível", disse Andre Nogueira, CEO da JBS nos EUA. "Nossos sistemas estão voltando a ficar online e não estamos poupando recursos para combater esta ameaça", indicou Nogueira, que afirmou que a empresa tem planos voltados a casos como este, e que estão sendo executados com "sucesso".
Hoje, a Bloomberg, citando um integrante do sindicato que representa os trabalhadores da empresa, publicou que todas as fábricas de carne bovina da JBS nos EUA foram fechadas como resultado do um ataque.
A vice-secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, informou que a JBS notificou, no último domingo, ter sido vítima do um ataque, e que a empresa está recebendo assistência do governo americano. Em conversa com repórteres, a porta-voz explicou que a companhia foi alvo de uma ofensiva ransomware, em que os criminosos bloqueiam acesso ao sistema infectado e cobram espécie de resgate para a liberação. No comunicado, a JBS agradeceu a assistência do governo federal dos EUA, assim como às administrações do Canadá e da Austrália.
"A empresa não tem conhecimento de nenhuma evidência neste momento de que dados de clientes, fornecedores ou funcionários tenham sido comprometidos", conclui a publicação.