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Investing.com - O JPMorgan rebaixou sua classificação da Tim para Neutro após o que chamou de "desempenho muito forte", afirmando que as ações já precificaram grande parte da melhoria observada no mercado móvel brasileiro.
O banco ainda vê o cenário competitivo como saudável, mas prefere esperar por um ponto de entrada mais atrativo, considerando a recente valorização.
As ações da Tim listadas nos EUA caíram 1,4% nas negociações de pré-mercado na quinta-feira.
As ações da Tim entregaram retornos totais de 68% no último ano e 130% em três anos, muito à frente de seus pares Vivo (Telefonica Brasil) (BVMF:VIVT3) e do índice Ibovespa.
De acordo com analistas do JPMorgan, a ação agora está sendo negociada próxima ao seu preço-alvo atualizado de R$ 26, limitando ganhos potenciais mesmo considerando os dividendos esperados. "Mesmo com os dividendos esperados, [as ações] não oferecem mais de 15% de potencial de alta, segundo nossas estimativas", observou o analista Marcelo Santos.
Ele continua favorecendo o segmento móvel brasileiro em geral, destacando um ambiente de preços racional e pressão limitada de novos entrantes, como ISPs e MVNOs. Santos também aponta para sinais iniciais de ajustes de preços futuros, incluindo aqueles planejados pela Tim.
Operacionalmente, o JPMorgan fez apenas revisões modestas em suas estimativas. Agora espera que a Tim cresça a receita de serviços móveis em cerca de 5% em 2026 e 2027, em linha com as orientações da empresa.
As expectativas de margem foram ligeiramente elevadas, com margens de EBITDA ajustadas agora previstas em 51,4% em 2026 e 52,5% em 2027.
As projeções de lucro líquido foram revisadas para cima em 0,9% para 2026 e 3,1% para 2027.
Para o quarto trimestre de 2025, o banco prevê crescimento da receita de serviços de 4,8% e margem EBITDA ajustada de 51,4%.
O JPMorgan também elevou seu preço-alvo para dezembro de 2026 para R$ 26, de R$ 24,5, após assumir que a Tim não precisará pagar o saldo suspenso do FISTEL que reteve desde 2020, atualmente totalizando R$ 4,1 bilhões.
O banco ainda assume pagamentos integrais do FISTEL daqui para frente, e qualquer mudança nos termos regulatórios poderia proporcionar alta nas estimativas. Sua avaliação incorpora benefícios fiscais, amortização de ágio e outros ativos, bem como o valor da participação da Tim na I-Systems.
Embora esteja mais cauteloso com a ação, o JPMorgan continua preferindo a Tim em relação à Vivo em termos relativos, "já que a Tim oferece avaliações mais baixas e está focada no segmento móvel, que consideramos mais atraente que o fixo no Brasil", escreveu Santos.
Enquanto isso, a Tigo (NASDAQ:TIGO) continua sendo a escolha preferida do banco entre as operadoras de telecomunicações da América Latina.
