Por Paula Arend Laier
SÃO Paulo (Reuters) -A JSL (SA:SIMH3) afirmou nesta segunda-feira que continuará executando sua agenda de aquisições, parte delas já em processo de negociação, após negativa da rival Tegma (SA:TGMA3) para a proposta de combinação de negócios das empresas de logística.
Na última sexta-feira, a Tegma comunicou que seu conselho de administração decidiu por unanimidade rejeitar a oferta da JSL, que incluía pagamento de 989 milhões de reais aos acionistas da Tegma, além de 49,4 milhões de novas ações da JSL.
Às 10:25, as ações da JSL recuavam 5,12%, a 11,85 reais, enquanto os papéis da Tegma perdiam 5,02%, a 25,19 reais.
A JSL disse em fato relevante nesta segunda-feira que no prazo de 15 dias não foi convidada a se reunir com a Tegma e seus assessores para apresentar, em detalhes, o racional, os méritos da operação e potenciais sinergias.
A empresa também acrescentou que não houve oportunidade para demonstrar o preço justo das ações da JSL que seriam dadas como parte relevante do pagamento.
Em virtude do caráter definitivo da proposta, a JSL afirmou que seguirá executando seu planejamento estratégico, seja de maneira orgânica ou através de aquisições. A companhia disse que mantém negociações com outros alvos de aquisição e que tem bsucado respeitar "disciplina no emprego de seu capital, com foco na melhoria dos retornos".
Na visão do analista da Guide Investimentos Luis Sales, a notícia é marginalmente negativa, mas o 'não' da Tegma era a decisão mais provável dada a oferta feita pela JSL.
"O prêmio que seria pago não foi considerado suficientemente atraente, representando 4% do valor dos papéis da Tegma na época, o que levará a JSL a buscar empresas menores no pulverizado setor, para continuar com a sua estratégia de crescimento inorgânico."
Apesar de possíveis sinergias com o acordo, acrescentou, a Tegma está bem posicionada,sendo líder em logística de veículos pesados novos para praticamente todas as montadoras instaladas no país e principais importadoras.
(Edição Alberto Alerigi Jr.)