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Juros: Conflito no leste europeu se agrava, puxa commodities e taxas sobem mais

Publicado 04.03.2022, 15:42
Atualizado 04.03.2022, 19:10
© Reuters.  Juros: Conflito no leste europeu se agrava, puxa commodities e taxas sobem mais

A sexta-feira foi mais um dia pesado na curva de juros, com taxas em alta firme e generalizada durante toda a sessão, refletindo o pessimismo quanto ao desenrolar do conflito no leste europeu, especialmente depois da Rússia bombardear na Ucrânia a maior usina nuclear da Europa, acirrando os temores de uma guerra atômica, ainda que não tenha havido, por ora, registro de elevação nos níveis de radiação. Em resposta, o Ocidente anunciou mais sanções econômicas a Moscou. O aumento da tensão geopolítica deu novo gás ao rali das commodities, o que reforça as preocupações com a inflação no Brasil, com o mercado ampliando as fichas num Copom mais agressivo. Deu uma pequena contribuição para a pressão nas taxas curtas o PIB acima do esperado.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou em 12,975% (regular) e 12,98% (estendida), mas nas máximas do dia superou a marca de 13%, de 12,80% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2024 terminou com taxa de 12,60% (regular) e 12,585% (estendida), de 12,394% ontem, e o DI para janeiro de 2025 voltou a 12,00% (regular) e 11,97% (estendida), de 11,752% ontem. O DI para janeiro de 2027 avançou de 11,501% para 11,71% (regular) e 11,695% (estendida).

Na semana, a piora na percepção sobre a inflação a partir do desempenho das matérias-primas, com consequente aumento da expectativa de uma postura mais hawkish do Copom, promoveu forte desinclinação da curva. O diferencial entre os DIs para janeiro de 2027 e janeiro de 2023 fechou a -128 pontos-base, de -116 pontos na sexta-feira passada.

A invasão da Ucrânia, que de início se considerava de curta duração, chega ao seu nono dia espalhando temor pelo mundo, sobretudo pelo futuro da Europa, na medida em que Vladimir Putin parece dobrar a aposta, resultando em respostas imediatas das autoridades no Ocidente. Do ponto de vista econômico, pesa o risco à oferta de matérias-primas, principalmente petróleo, que hoje fechou com alta na casa de 7%, com o barril do Brent, referência para a Petrobras (SA:PETR4), a US$ 118.

Para Anatole Kaletsky, sócio-fundador e economista-chefe da Gavekal Research, o cenário mais provável para a guerra é que a situação atual perdure por mais três ou seis meses. Nesse ambiente, o caso mais grave seria uma escalada da sanções, levando a uma explosão dos preços do petróleo e da inflação mundial. "Este cenário seria extremamente negativo", disse Kaletsky em evento do BTG Pactual (SA:BPAC11). Neste caso, o preço do petróleo bateria em US$ 150 o barril, a inflação subiria de forma relevante no mundo."

"Desde a eclosão do conflito, temos a Bolsa e o real com bom desempenho, e o DI na contramão, o que mostra que são mesmo as commodities que estão explicando a dinâmica dos mercados", disse o economista-chefe do Banco Original, Marco Antonio Caruso.

Nesse cenário, as apostas para alta da Selic foram reforçadas na curva de juros. A precificação para a reunião de março já aponta 70% de chance de alta de 1,25 ponto contra 30% de avanço de 1 ponto - ontem a precificação era de praticamente 1 ponto. Os números são da Greenbay Investimentos.

Segundo Caruso, o PIB acima do consenso adicionou uma "pitadinha" de pressão nas taxas curtas, contribuindo um pouco para reduzir as apostas de que o Copom tenha espaço para começar a cortar a Selic ainda este ano. O PIB do quarto trimestre subiu 0,5% na margem, no teto das estimativas, e o de 2021 subiu 4,6%, ligeiramente acima da mediana de 4,5%.

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