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Por Fernando Cardoso
SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs fecharam em alta nesta segunda-feira, com ganhos mais acentuados em contratos de prazos longos, em sessão de aversão global ao risco por conta das incertezas geopolíticas, com a perspectiva para o Federal Reserve também em foco.
No fim da tarde, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 estava em 13,955%, ante o ajuste de 13,916% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2028 marcava 13,265%, ante o ajuste de 13,19%.
Entre os contratos longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 13,49%, em alta de 11 pontos-base ante 13,375% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 13,64%, com ganho de 11 pontos ante 13,525%.
Desde cedo, os investidores globais ficaram de olho no resultado de um encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, para discutir um possível acordo de paz para a guerra na Ucrânia.
A reunião ocorreu na esteira de uma cúpula na sexta-feira entre Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em que os dois líderes relataram que progressos foram feitos. Mas a falta de acordos ou de entendimento por um cessar-fogo deixaram os mercados mais pessimistas com o futuro do conflito.
Analistas avaliaram que Trump parece ter adotado, depois da cúpula, a abordagem de Putin para a guerra, defendendo um acordo de paz sem a necessidade do congelamento do conflito.
"O destaque fica para a percepção de riscos geopolíticos. Havendo a possibilidade de desescalada no conflito, isso tende a diminuir os prêmios de riscos geopolíticos e aumentar o apetite por risco", disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
Já no encontro com Zelenskiy nesta segunda, Trump afirmou que os EUA "ajudariam" a Europa a fornecer segurança para a Ucrânia como parte de qualquer acordo para acabar com a guerra. Ele também expressou esperança de que possa haver uma reunião trilateral com Putin e o presidente ucraniano.
Ainda no cenário externo, os mercados começaram a se posicionar nesta segunda para o simpósio econômico de Jackson Hole, organizado pelo Federal Reserve de Kansas City, com as atenções focadas em um discurso do chair do banco central dos EUA, Jerome Powell, na sexta-feira.
No momento, operadores continuam precificando amplamente um corte na taxa de juros pelo Fed em setembro, mas uma eventual fala mais agressiva de Powell contra a inflação, conforme as tarifas de Trump parecem estar começando a impactar os preços, poderia impactar essas apostas.
O rendimento do Treasury de dois anos -- que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo -- tinha alta de 1 ponto-base, a 3,769%.
Na cena doméstica, o mercado doméstico pondera sobre quando o Banco Central pode iniciar um ciclo de afrouxamento da taxa Selic, agora em 15%.
Mais cedo, o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, disse que a autarquia optou por "continuar a interrupção" do ciclo de aperto monetário porque ainda está avaliando se o patamar da Selic é apropriado para levar a inflação à meta.