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Juros: PIB aponta recessão nos EUA e taxas caem acompanhando sinal dos Treasuries

Publicado 28.07.2022, 14:53
Juros: PIB aponta recessão nos EUA e taxas caem acompanhando sinal dos Treasuries
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Os juros futuros fecharam a sessão em queda firme, amparada no resultado negativo do PIB nos Estados Unidos que confirmou a recessão técnica no país e o mercado entendeu a postura mais dovish ontem do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ao comentar ontem sobre a política monetária.

O vetor externo hoje prevaleceu, mas internamente a quinta-feira também foi de notícias e agenda favoráveis que em tese contribuem para a correção das altas recentes na curva. Entre elas, o IGP-M e o resultado do governo central melhores do que o consenso, anúncio de novas quedas nos preços de combustíveis e a decisão da Petrobras (BVMF:PETR4) de pagar R$ 87,8 bilhões em dividendos do segundo trimestre, valor recorde. E o Tesouro conseguiu pagar taxas menores no leilão de prefixados, mas com demanda ainda muito fraca nos prazos mais longos.

Os principais vencimentos na B3 (BVMF:B3SA3) fecharam com taxas nas mínimas do dia. A do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou em 13,83% (mínima), de 13,887% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2024 caiu de 13,681% para 13,50%. O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 12,84% (mínima), de 13,065% ontem. A do DI para janeiro de 2027 recuou 20 pontos-base, de 12,96% para 12,76%.

A queda de 0,9% do PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre (primeira leitura) surpreendeu os analistas, que esperavam alta de 0,4%. E, diante da também retração, de 1,6%, no primeiro trimestre, o país entrou em "recessão técnica". Ontem, Powell evitou se comprometer com o ritmo de aumentos futuros, atrelando-os a dados e à perspectiva da economia dos Estados Unidos.

Paulo Nepomuceno, operador de renda fixa da Mirae Asset, acredita que o discurso do Fed mostra que o número de hoje já era sabido pelos diretores e a comunicação se deu em função disso. "Do contrário, o mercado estaria muito ruim hoje. Com esse baixo crescimento, não dá para ser hawkish. E aqui, vamos na esteira dos Treasuries", afirmou. No fim da tarde, a taxa da T-Note de dez anos estava em 2,68% e a de 2 anos, em 2,88%, ambas caindo em torno de 10 pontos-base em relação aos níveis de ontem, espelhando a dissipação das apostas num aperto monetário agressivo nos Estados Unidos.

Como os prêmios da curva, principalmente do miolo em diante estão elevados, a trajetória baixista das taxas aqui é amplificada. "Os prêmios estão altos muito por conta do risco institucional de hoje até as eleições", explica Nepomuceno.

No front local, uma série de notícias positivas avalizou também o fechamento da curva. Na agenda, o IGP-M de 0,21% em julho veio bem abaixo do consenso das estimativas (0,30%), enquanto a Petrobras anunciou redução nos preços gasolina, do querosene de aviação (QAV) e da gasolina de aviação (GAV) e do asfalto.

No campo fiscal, o superávit do governo central em junho somou R$ 14,4 bilhões, ante consenso de R$ 12,7 bilhões e o Conselho de Administração da estatal aprovou a distribuição de dividendos na ordem de R$ 87,8 bilhões, recorde para a companhia, em um "adiantamento" dos valores a serem pagos em todo o ano de 2022. É um fluxo com o qual o governo conta para bancar as benesses da PEC dos Benefícios e ajuda a engordar o caixa do Tesouro, num momento de dificuldade para a emissão de dívida.

No leilão desta quinta, o Tesouro conseguiu vender 9.011.500 Letras do Tesouro Nacional (LTN), da oferta de 9,5 milhões. No leilão das Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F), não aceitou nada na oferta de 150 mil para 2029 e 115 mil das 150 mil ofertadas para 2033.

O especialista em renda fixa e professor ligado a Mercado Financeiro na B3, na Anbima e FIA, Alexandre Cabral, destacou nas NTN-F, pelo lado positivo, que as taxas caíram relação ao leilão de semana passada, mas o volume de R$ 95,9 milhões colocado "para gringo é dinheiro de pinga". Já o leilão de LTN, diz, foi bem melhor, com todas as taxas em queda ante a operação passada e bom volume de R$ 6,4 bilhões.

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