Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - Após divulgar, hoje antes da aberturao fechamento do mercado, prejuízo líquido de R$ 191 milhões, queda em relação ao prejuízo de R$ 383 milhões do segundo trimestre mas perda significativa em comparação com o lucro de R$ 207 milhões registrado um ano antes, as ações da Klabin (SA:KLBN11) operavam em alta na abertura do mercado desta segunda-feira (26).
Às 10h57, os papéis eram negociados com alta de 0,95% a R$ 25,61, com mínima em R$ 25,26 e máxima em R$ 25,75, com R$ 37,67 milhões de volume financeiro. Os ganhos estão acima do avanço do Ibovespa hoje, que tinha alta de de 101.646 pontos, na máxima até então do dia.
Na visão da XP, os resultados operacionais da Klabin foram melhores do que o esperado, com o Ebitda de R$ 1,2 milhão, 7% acima da projeção de consenso. A corretora reitera recomendação de Compra para as ações, com preço-alvo de R$ 32.
A Mirae Asset, por sua vez, avalia o resultado como dentro de suas expectativas e diz esperar fortes números para o quarto trimestre. Assim, esperando aumento do volume de vendas e aumento de preços, a corretora também recomenda Compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 30.
Balanço
A receita líquida somou 3,1 bilhões de reais de julho a setembro, alta de 25% na comparação ano a ano, com o mercado interno respondendo por 58%. O volume de vendas somou 910 mil toneladas, de 799 mil um ano antes.
De acordo com a Klabin, o crescimento no volume de vendas ocorreu em todas as linhas de negócios: celulose de fibra curta, celulose de fibra longa/fluff, papéis kraftliner, papéis cartões, embalagens de papelão ondulado de sacos industriais.
O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou 1,2 bilhão de reais, de 1,4 bilhão de reais no mesmo período do ano anterior.
Excluídos efeitos não recorrentes presentes no resultado do terceiro trimestre de 2019, a companhia afirmou que o Ebitda ajustado cresceu 59% ano a ano.
No terceiro trimestre, o endividamento líquido da Klabin cresceu 39% na comparação anual, para 21 bilhões de reais.
Da dívida total da companhia, incluindo operações de financiamento com swap de taxas de real para dólar, 23,169 bilhões de reais, ou 80%, são denominadas em dólar.
O resultado financeiro ficou negativo em 1 bilhão de reais, contra 1,2 bilhão de reais um ano antes.
O custo caixa unitário de produção de celulose, que contempla os custos de produção das fibras curta, longa e fluff e as toneladas produzidas de celulose no período, foi de 761 por tonelada no trimestre, alta de 6% ante o mesmo período de 2019.
O custo caixa unitário total, que contempla a venda de todos os produtos da companhia, foi de 2.060 reais por tonelada no trimestre, queda de 2,7% ano a ano, descontando o ganho não recorrente de 620 milhões de reais um ano antes devido ao efeito de crédito tributário extemporâneo.
--Com participação da Reuters