SANTIAGO (Reuters) - A Latam Airlines, maior grupo de transporte aéreo da América Latina, divulgou na noite de quinta-feira prejuízo de 113,3 milhões de dólares no terceiro trimestre, pressionada pela persistente debilidade da economia regional, especialmente no Brasil, seu principal mercado.
O resultado negativo da Latam Airlines, que inclui as operações da chilena LAN e da brasileira TAM, foi maior que o prejuízo de 99,1 milhões de dólares que o mercado esperava, segundo pesquisa da Reuters.
Os resultados não operacionais incluem uma perda sem efeito caixa devido ao câmbio, de 241,1 milhões de dólares, como resultado da desvalorização do real brasileiro, de 27,2 por cento.
"Durante o último período realizamos importantes ajustes para poder enfrentar o cenário macroeconômico que está afetando as economias dos países sul-americanos, principalmente o do Brasil", disse a Latam Airlines em comunicado.
As receitas do grupo alcançaram 2,5 bilhões de dólares no terceiro trimestre, uma baixa anual de 19,9 por cento, em meio à deterioração no negócio de carga e tráfego de passageiros na indústria aerocomercial regional.
Executivos da empresa reconheceram que, apesar dos esforços para reduzir custos, os resultados do conglomerado formado em 2012 não melhorarão até que a economia do Brasil comece a se recuperar.
"Nossa prioridade tem sido implementar reduções de capacidade no mercado doméstico e internacional brasileiro, postergando a entrega de aviões previstas durante 2017 e 2018", disse a Latam Airlines.
Nessa linha, a empresa afirmou estar trabalhando para reestruturar programa de frota de aviões para o intervalo de 2016 a 2018, buscando reduzir seus compromissos para esse período por meio de adiamentos de recebimento de aviões e vendas tanto de aeronaves de fuselagem ampla e estreita.
Com o resultado trimestral, a empresa acumula prejuízo de 203 milhões de dólares entre janeiro e setembro, ante um saldo negativo de 208 milhões de dólares em igual intervalo do ano passado.
A empresa disse que as metas de capacidade de crescimento para 2015 se mantêm inalteradas, enquanto a margem operacional ficará entre 3,5 e 5 por cento neste ano.
O grupo, com sede em Santiago, tem unidades de operação na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru.