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ABERTURA: Ibov futuro abre com alta mesmo com disputa comercial outra vez em pauta

Publicado 30.09.2019, 09:02
© Reuters.  ABERTURA: Ibov futuro inicia em alta com disputa comercial outra vez em pauta
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Investing.com - O índice futuro do Ibovespa inicia a sessão desta segunda-feira com ganhos de 0,11% aos 105.525 pontos, enquanto o dólar opera estável a R$ 4,1600. Às 09h44, no entanto, os ganhos diminuíram e a moeda americana aumentou. O índice apresentava ligeira alta de 0,03%, enquanto o dólar era cotado a R$ 4,1643, alta de 0,11%.

Mais uma vez, a interminável disputa comercial entre Estados Unidos e China deve marcar a sessão desta segunda-feira, com novas notícias contribuindo para aumentar o clima negativo, apesar do discurso oficial na Casa Branca apontar sentido oposto. Por aqui, mais uma vez a expectativa fica para a votação da reforma da Previdência no Senado, marcada para terça-feira, como também a repercussão sobre a possível perda de influência do ministro da Economia Paulo Guedes no governo segundo matérias do fim de semana dos jornais O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo.

- Cenário Interno

- Reforma da Previdência

O Plenário do Senado deve votar na próxima terça-feira (1°) a PEC da reforma da Previdência (PEC 6/2019). A votação, que estava marcada para a última terça-feira (24), foi adiada em razão de uma sessão do Congresso Nacional. Antes da análise em Plenário, a proposta terá que passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde será votado o relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), com a análise das 77 emendas apresentadas.

No relatório, Tasso acatou apenas uma emenda supressiva, para não prejudicar o acesso à aposentadoria integral de quem recebe vantagens variáveis vinculadas a desempenho no serviço público, e corrigiu a redação do trecho que inclui os informais entre os trabalhadores de baixa renda que terão acesso ao sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas favoráveis.

Foram rejeitadas as emendas de senadores com temas ligados a servidores públicos, mudanças em pensões, idade mínima, regras de transição, aposentadorias especiais, cálculo da aposentadoria, abono salarial e regras especiais para grupos específicos. Segundo o relator, nas emendas “não se identificaram novos temas em relação ao deliberado anteriormente na CCJ, e em relação às conclusões de seu parecer anterior”.

- Paulo Guedes

O ministro da Economia Paulo Guedes deixou de ser o "posto Ipiranga" do governo, com o presidente Jair Bolsonaro ouvindo os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) quando tem dúvidas a respeito que posição a adotar. As informações são da Folha de S.Paulo.

A mudança de postura de Bolsonaro ocorreu após a polêmica da proposta do imposto sobre pagamentos que relembra a antiga CPMF. Após ser convencido por Guedes, Bolsonaro voltou atrás por insistência de Lorenzoni e da insatisfação de sua base eleitoral.

Além disso, há reveses em relação ao plano de privatizações. Guedes prometeu durante a campanha de vender todas as estatais. Entretanto, o discurso nacionalista tem se sobreposto e 12 estatais já teriam veto de venda (entre as quais Petrobras (SA:PETR4), Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Caixa Econômica Federal).

E a escassez de recursos entre os outros ministérios também conspira contra o ministro da Economia, o que trouxe especulações sobre mudanças na lei do Teto de Gasto. Embora tenha sinalizado de mudar a regra fiscal, Bolsonaro voltou atrás e garantiu a permanência do teto.

Para reverter a situação, Guedes e a equipe econômica começou a fazer peregrinação a outros Ministérios para revelar a situação fiscal da União. Além disso, o ministro aumentou a participação na imprensa para defender as ações do Ministério.

Vale ressaltar que Guedes foi o fiador da campanha e é do governo Bolsonaro frente ao mercado.

- Agenda Local

A semana que fecha setembro e abre o último trimestre do ano tem como destaque a divulgação da Produção Industrial, na terça-feira, com estimativa de avanço de 0,3%, depois de cair 0,3% na leitura de julho. No mesmo dia, o IBGE também divulga o índice de preços ao produtor, de agosto, depois de uma leitura de -1,24% em julho.

- Cenário Externo

PMI chinês

Pesquisas sobre a atividade industrial na China indicaram ligeira melhora em setembro uma vez que a demanda doméstica acelerou, mas analistas acreditam que os ganhos terão vida curta já que o mercado imobiliário esfria e as tensões comerciais com os Estados Unidos permanecem elevadas.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI na sigla em inglês) oficial da indústria da China subiu a 49,8 em setembro, um pouco melhor do que o esperado e ante 49,5 em agosto.

“Acreditamos que o PMI oficial de indústria pode cair de novo, a desaceleração do crescimento pode ganhar ritmo e os mercados (financeiros) podem se tornar voláteis nos próximos meses”, disseram economistas do Nomura em nota.

Guerra Comercial

A China espera que Pequim e Washington resolvam sua disputa comercial “com uma atitude calma e racional”, disse o vice-ministro do Comércio, Wang Shouwen, neste domingo, antes das negociações entre os dois lados que começam em duas semanas.

Os Estados Unidos e a China têm estado presos em uma crescente guerra comercial há mais de um ano. Ambos têm cobrado impostos punitivos sobre centenas de bilhões de dólares dos bens uns dos outros, o que tem abalado os mercados financeiros e ameaçado o crescimento global.

Uma nova rodada de negociações de alto nível entre as duas maiores economias do mundo em Washington está prevista para os dias 10 a 11 de outubro, liderada, do lado chinês, pelo principal assessor econômico do presidente Xi Jinping, o vice-primeiro-ministro, Liu He.

Prejuízo a exportadores americanos

Não é mais uma probabilidade, é uma realidade: a crescente guerra comercial entre Estados Unidos e China e o fortalecimento do dólar parecem estar causando danos mensuráveis em fabricantes de produtos dos EUA que dependem de mercados globais.

Os participantes do mercado terão um quadro da extensão na qual as tensões comerciais e a moeda forte têm prejudicado o setor manufatureiro norte-americano quando o ISM divulgar na terça-feira seu índice de gerentes de compras (PMI) de setembro.

Deslistagem de chineses nos EUA

O governo dos Estados Unidos está considerando a possibilidade de deslistar empresas chinesas das bolsas de valores dos EUA, disseram três fontes informadas sobre o assunto nesta sexta-feira, no que seria uma escalada das tensões comerciais entre Washington e Pequim.

A medida seria parte de um esforço mais amplo para limitar os investimentos dos EUA na China, disseram duas das fontes. Uma delas informou que a decisão foi motivada pelas crescentes preocupações de segurança do governo norte-americano sobre suas atividades.

A Casa Branca afirmou no domingo que não há estudos a respeito da deslistagem de empresas chinesas em Wall Street e à limitação de investimentos americanos na China, mas negou as informações.

Os principais índices de ações dos EUA tiveram queda com a notícia, que veio dias antes de a China comemorar o 70º aniversário da República Popular em 1º de outubro, quando a segunda maior economia do mundo terá uma semana de festividades.

Brexit

O Reino Unido precisará levar as negociações sobre o Brexit com a União Europeia (UE) até o prazo final para forçar mudanças necessárias para um acordo a ser aprovado pelo Parlamento, disse neste domingo a ministra britânica do Comércio, Liz Truss.

Na conferência anual do Partido Conservador na cidade de Manchester, no norte da Inglaterra, Truss disse, em evento organizado pelo jornal Times, acreditar que o Parlamento agora aprovaria um acordo sobre o Brexit.

“A razão pela qual não obtivemos mais concessões antes de 29 de março é que não chegamos perto o suficiente do prazo... Os prazos funcionam e precisamos levar (a negociação) para esse prazo para fazer as alterações de que todos precisamos”, disse Truss. “Isso é o que estamos fazendo.” O Parlamento rejeitou três vezes um acordo negociado pela ex-primeira-ministra Theresa May.

- Agenda Americana

Na semana, o principal fica para o final do período, com dados do mercado de trabalho. Na quarta-feira, será informado os números da geração de postos no setor privado, com a taxa de desemprego e o payroll anunciados na sexta. No primeiro caso, a estimativa é de 152 mil novas vagas, enquanto que a taxa de desemprego deve seguir em 3,7% e 145 mil novos empregos.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,56%, a 21.755 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,53%, a 26.092 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,92%, a 2.905 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,99%, a 3.814 pontos.

A segunda-feira é de rumos distintos para os mercados de ações da Europa, com o DAX, de Frankfurt, somando 0,06% aos 12.387 pontos, enquanto que em Londres, o FTSE cede 0,24% aos 7.405 pontos. Já em Paris, o CAC avança 0,12% aos 5.647 pontos.

COMMODITIES

A jornada desta segunda-feira foi marcada pela importante valorização dos contratos futuros do minério de ferro, que são negociados na bolsa de mercadorias da cidade chinesa de Dalian. O ativo com o maior volume de negócios, com data de vencimento para janeiro do ano que vem, encerrou a 655,50 iuanes por tonelada, o que representa um ganho de 2,50% sobre o valor de liquidação de sexta, 639,50 iuanes/t.

A sessão seguiu no mesmo sentido nos negócios com o vergalhão de aço, que são transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai. O contrato de maior liquidez, de janeiro de 2020, avançou 36 iuanes para 3.470 iuanes por tonelada. Já o segundo mais líquido, de maio do próximo calendário, ganhou 30 iuanes para 3.281 iuanes por tonelada.

Os mercados financeiros da China estarão fechados entre 1º e 7 de outubro para o feriado do Dia Nacional.

A segunda-feira começa com importante queda para os preços do petróleo nas principais praças de negociação. Em Nova York, o barril do tipo WTI cede 1,09%, ou US$ 0,61, a US$ 55,30. Já o Brent, de Londres, cai 1,10%, a US$ 0,67, a US$ 60,37.

MERCADO CORPORATIVO

- Petrobras (SA:PETR4)

Os preços médios do diesel e da gasolina voltaram a avançar nos postos brasileiros ao longo desta semana, após três altas praticadas neste mês pela Petrobras (SA:PETR4) nas refinarias em ambos os combustíveis, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira.

O preço médio do diesel, combustível mais comercializado do Brasil, teve uma alta de 2,5% nesta semana, ante a anterior, para 3,67 reais por litro. Já o da gasolina avançou 1,2% no período, para 4,368 reais por litro. O etanol teve alta de 0,9%, para 2,87 reais por litro.

Nesta sexta-feira, a Petrobras (SA:PETR4) elevou a gasolina em 2,62% nas refinarias, após uma outra alta de 3,5% que havia ocorrido na semana passada. Ambas as altas ocorreram após instalações da saudita Saudi Aramco terem sido alvo de ataques, em um movimento que impulsionou os preços globais de petróleo.

- Santander (SA:SANB11)

m fundo de capital de risco apoiado pelo banco espanhol Santander (SA:SANB11) está de olho em novas oportunidades na América Latina, disse um executivo nesta sexta-feira, dias após concluir um investimento na startup de tecnologia financeira mexicana Klar.

O México e o Brasil são os mercados maiores, mais ativos e de mais rápido crescimento para as chamadas fintechs da América Latina. Os empreendedores locais vêm desenvolvendo tecnologias que variam de pagamentos eletrônicos a poupanças e empréstimos.

Manuel Silva, sócio do Santander (SA:SANB11) InnoVentures, disse em entrevista que o fundo estava buscando mais investimentos em países onde o Santander já estava presente, principalmente no Brasil e no México.

“Continuamos a procurar empresas”, disse Silva. “Investimos principalmente em mercados em que o banco está presente, porque esses são os mercados em que podemos agregar mais valor ao banco e também a nós como investidores.”

- Setor Elétrico

As contas de luz terão bandeira tarifária amarela em outubro, com custo adicional de 1,50 real para cada 100 quilowatts-hora consumidos, após dois meses em bandeira vermelha patamar 1, informou nesta sexta-feira a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Segundo a Aneel, outubro é um mês de transição entre períodos de seca e umidade nas principais bacias do sistema interligado do Brasil, com previsões sinalizando elevação das vazões nos principais reservatórios. O melhor panorama hidrológico diminui a oferta de energia termelétrica, mais cara.

“Esse cenário também levou à redução do valor do preço da energia (PLD) com repercussão sobre os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF)”, disse a agência em comunicado, mencionando as duas variáveis que determinam a cor da bandeira.

AGENDA DE AUTORIDADES

- Jair Bolsonaro

O presidente da República começa a segunda-feira recebendo Marcelo Rech, Editor do Instituto de Relações Internacionais e Defesa – InfoRel. Em seguida, participa da assinatura do Decreto de Gratuidade de Publicação no Diário Oficial da União para Órgãos Federais e Medidas de Modernização da Imprensa Nacional.

Na parte da tarde, tem reuniões com os ministros Paulo Guedes, Economia; Wagner Rosário, Controladoria-Geral da União; Abraham Weintraub, Educação; Onyx Lorenzoni, Casa Civil.

- Paulo Guedes

- Reunião-geral de secretários do Ministério da Economia;

- Almoço com os secretários especiais;

- Reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro;

- Reunião semanal com o secretário especial da Receita Federal substituto, José de Assis Ferraz;

- Reunião semanal com o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Da Costa;

- Reunião semanal com o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogerio Marinho.

Com Reuters.

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