A companhia de fertilizantes Mosaic, dos Estados Unidos, obteve lucro líquido de US$ 369 milhões, ou US$ 1,11 por ação, no segundo trimestre de 2023, informou a companhia, na terça-feira, 1º de agosto, depois do fechamento do mercado. O resultado representa queda de 64,4% em relação a igual período do ano passado, quando a empresa lucrou US$ 1,036 bilhão, ou US$ 2,85 por ação. Em termos ajustados, o lucro diminuiu 71,4%, de US$ 3,64 para US$ 1,04 por ação.
As vendas líquidas diminuíram 36,8% na mesma comparação, para US$ 3,39 bilhões. De acordo com a companhia, a queda da receita refletiu preços mais baixos de venda. A margem bruta no trimestre ficou em 16,8%, ante 34,4% um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou US$ 744 milhões, queda de 62,8% ante o segundo trimestre do ano passado.
No segmento de potássio, a receita líquida diminuiu 46,9% no segundo trimestre, para US$ 849 milhões. Em fosfatados, a receita caiu 27,8%, para US$ 1,3 bilhão. A operação brasileira, Mosaic Fertilizantes, registrou receita de US$ 1,4 bilhão no segundo trimestre, queda de 39,1% ante igual período de 2022.
Segundo a Mosaic, os mercados de grãos e oleaginosas devem continuar apertados pelo menos até o fim de 2023. A companhia disse que a interrupção da produção agrícola na Ucrânia causada pela guerra, juntamente com a aplicação reduzida de fertilizantes e o clima não ideal nas principais regiões de cultivo, ameaçam a produção agrícola global. Isso sugere que a relação estoque/uso continuará sob pressão, disse a empresa.
Na América do Norte, a aplicação de fertilizantes durante a primavera esgotou os estoques, que agora estão sendo repostos, disse a Mosaic. "No Brasil, uma relação atrativa de troca de fertilizantes por soja sugere uma recuperação nos embarques de fertilizantes em 2023."
A companhia observou também que a oferta de potássio e fosfatados continua restrita e que essa situação deve persistir pelo menos até o fim deste ano.