SÃO PAULO (Reuters) - A Telefônica Brasil (SA:VIVT4) teve lucro líquido de 1,115 bilhão de reais no quarto trimestre, queda de 10,7 por cento ante mesma etapa de 2014, impactado principalmente por menor volume de juros sobre o capital próprio, disse a companhia.
O resultado operacional da maior operadora de telecomunicações do Brasil em receita, medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) foi de 3,43 bilhões de reais, avanço de 5,9 por cento na comparação ano a ano. A margem Ebitda atingiu 31,9 por cento, alta de 0,8 ponto percentual.
No resultado, pro forma, considerando a GVT a partir de 1 de janeiro de 2014, a receita líquida operacional somou 10,76 bilhões de reais, alta de 3,4 por cento sobre um ano antes.
A Telefônica Brasil fechou 2015 com 96,8 milhões de linhas, queda de 6,3 por cento ano a ano, com destaque para terminais móveis pré-pagos, que caíram 18,2 por cento.
Segundo a companhia, o movimento refletiu a "política restritiva de desconexão de clientes não rentáveis, evidenciando o foco em clientes de maior valor".
Ao mesmo tempo em que deu sequência à 'limpeza da base', a operadora viu a receita de internet móvel avançar 52,9 por cento na comparação anual, a 2,14 bilhões de reais. Os acessos de TV por assinatura por sua vez cresceram 9,7 por cento ano a ano, para 1,788 milhão de assinantes.
Em outra frente, a Telefônica Brasil controlou os custos operacionais, que tiveram alta de 2,3 por cento no trimestre, a 7,33 bilhões de reais, nível bem inferior ao da inflação acumulada no ano, de 10,7 por cento, pelo IPCA.
Além disso, o custo dos serviços prestados cresceu apenas 0,7 por cento sobre um ano antes.
A empresa informou ainda que provisão para devedores duvidosos somou 272,1 milhões de reais, queda de 4,8 por cento sobre o quarto trimestre de 2014. O nível de inadimplência ficou em 1,7 por cento da receita bruta, queda de 0,1 ponto.
A operadora, que opera a marca Vivo, previu investir 8,9 bilhões de reais em 2016, 7,1 por cento a mais do que no ano passado, quase em linha com a inflação prevista para o Brasil neste ano.
(Por Aluísio Alves)