Investing.com – Após um balanço com piora no prejuízo, que levou as ações a despencarem no pregão de terça, o movimento é de retomada de parte dessas perdas. Nesta quinta, às 14h52 (de Brasília), os papéis avançavam 5,06%, a R$3,53.
Nesta quarta, as ações fecharam o pregão em baixa de 0,59%, após uma derrocada no dia anterior, com papéis despencando 22,83%.
Diferenciais de alíquotas de impostos e taxas de juros elevadas ainda prejudicam os resultados, segundo analistas. No entanto, mesmo com as perdas, as ações estão em elevação neste ano. No dia 02 de janeiro, o fechamento do pregão foi a R$ 2,59.
O analista Phil Soares, da Órama Investimentos, lembra que os papéis passam por uma valorização recente após uma forte queda no ano passado. Soares avalia que a Magalu estava “muito esticada” para uma varejista, que vinha investindo pesado em tecnologia. Ambos os setores, varejo e tecnologia, passaram a ficar mais pressionados com a alta nos juros.
Comprados e vendidos
O rombo financeiro e aumento do prejuízo derrubaram as ações da Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) após o balanço, mas as atenções em torno da varejista não são recentes, com apostas robustas de ganhos ou de perdas.
Por isso, um levantamento da Economatica aponta quais fundos tinham maiores posições compradas e vendidas na ação.
De acordo com o levantamento, fundos de gestoras como Absolute, Velt, Alaska, BB Asset e Itaú Unibanco Asset estavam no topo da lista de compradores. Por outro lado, fundos da Kapitalo, Absolute, Moat, e Legacy estavam com as posições mais vendidas.
O estudo contempla dados finalizados em 31 de janeiro de 2023, levando em consideração que os fundos podem esconder a carteira por um período. Ao final do primeiro mês do ano, a maior parte dos fundos já havia divulgado publicamente suas posições, em reais (R$).
Fonte: Economatica
Fonte: Economatica
Perspectivas para os papéis
Aumento na concorrência, momento macroeconômico desafiador, com inadimplência e juros elevados estão entre as pedras no caminho encontradas pela varejista.
Em relatório enviado aos clientes e ao mercado, o UBS BB destaca que o prejuízo líquido da companhia, que totalizou R$391 milhões, foi ainda pior do que esperava o banco, que era uma perda de R$187 milhões.
De acordo com os analistas Vinicius Strano, Rodrigo Alcantara e Igor Spricigo, o GMV total aumentou 10% em relação ao ano anterior, enquanto a receita subiu 3,5%, mas a monetização do marketplace e essas tendências consideradas suaves pelo banco não foram suficientes para conquistar um resultado positivo.
Na visão do banco, perspectiva competitiva da indústria é mais favorável diante da crise da Americanas (BVMF:AMER3), mas o cenário macroeconômico ainda deve pesar. A Magalu deve seguir na expansão do seu market take rate, o que deve contribuir para melhores margens nos próximos trimestres, mas os custos de captação permanecem elevados, pressionando a rentabilidade. Assim, o UBS BB permanece neutro em relação às ações, com preço-alvo de R$3,80.
Phil Soares, analista da Órama, acredita que, ainda que haja uma perspectiva de que dos juros comecem a cair neste ano, a lucratividade da empresa vem sendo muito impactada. Se a queda de fato ocorrer, não somente a Magalu, mas outras companhias, como Inter e Locaweb (BVMF:LWSA3), podem ser impulsionados, na visão do especialista, que reforça que a tendência não é no curtíssimo prazo.
A companhia, para Soares, conta com bons fundamentos e um preço descontado. Além disso, ainda que o negócio seja de margens baixas, o que considera difícil de operar, o setor vem sendo beneficiado com a crise da Americanas.
A Órama possui recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$4,50, pois avalia que, no momento, outras opções são mais vantajosas.
Qual o preço-alvo para Magazine Luiza, segundo o InvestingPRO
A média das estimativas de analistas compiladas pelo InvestingPRO indica um preço-justo de R$4,69, com potencial de valorização de 31,7%, com grau de incerteza média.
Fonte: InvestingPRO
Ao criar uma carteira na plataforma InvestingPRO com algumas ações de varejo, é possível comparar as perspectivas de valorização ou perdas para os papéis. Confira:
Fonte: InvestingPRO
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