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Magazine Luiza está disposta a sacrificar margens para acelerar vendas

Publicado 13.12.2019, 11:32
Magazine Luiza está disposta a sacrificar margens para acelerar vendas
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Por Gabriela Mello

SÃO PAULO (Reuters) - O Magazine Luiza (SA:MGLU3) planeja lançar novos serviços financeiros para clientes e vendedores de seu marketplace em janeiro, afirmaram executivos da rede de varejo nesta sexta-feira.

A estratégia é parte de um plano mais amplo para a companhia ter um "super app", semelhante ao WeChat, plataforma desenvolvida pela chinesa Tencent Holdings.

"Voltei da China com essa ambição, quero trazer para todo o Brasil o que Tencent e Alibaba estão fazendo com a China... Lá não existe mais essa barreira de digital e físico, é um país digital", disse o presidente-executivo do Magazine Luiza, Frederico Trajano, em reunião com investidores e analistas.

O plano inclui o lançamento de uma carteira digital chamada "Magalupay" aos clientes da rede varejista em janeiro, bem como um serviço paralelo chamado "Magalu Pagamentos", que vai fornecer antecipação de recebíveis para vendedores do marketplace do grupo, disse o vice-presidente financeiro, Roberto Rodrigues.

Ele acrescentou que o Magazine Luiza vai se aliar com o Banco do Brasil (SA:BBAS3) para oferta de serviço de saques em dinheiro pelos usuários do Magalupay. "O plano é expandir esse tipo de parceria com outros bancos no futuro", disse Trajano.

A logística é outra prioridade para a varejista, que pretende estender os serviços de armazenagem e entrega para vendedores do marketplace em 2020, disse Decio Sonohara, diretor executivo de logística. Atualmente, o Magazine Luiza entrega 66% de todas as vendas próprias em até 48 horas, utilizando principalmente sua própria frota.

Trajano citou que o comércio eletrônico representa 50% das vendas totais do Magazine Luiza e que o plano é ampliar esse percentual por meio de elevação na frequência de compras e no número de categorias de produtos vendidos na plataforma online.

Nesse contexto, a aquisição da Netshoes (NYSE:NETS) adicionou 6 milhões de clientes à base e cerca de 1.000 vendedores, disse Trajano.

O processo de integração com a Netshoes deve começar em janeiro, segundo o diretor executivo comércio eletrônico do Magazine Luiza, Eduardo Benjamin Galanternick. "Envolveu 40 grupos de trabalho analisando mais de 380 processos de melhoria tanto na Netshoes quanto na Magalu", disse ele.

Após o acordo com a Netshoes, o Magazine Luiza está analisando outras aquisições parciais ou totais, disse Trajando, sem revelar detalhes sobre alvos potenciais.

O Magazine Luiza provavelmente vai acelerar o investimento no próximo ano, principalmente em abertura de lojas, centros de distribuição e tecnologia, disse o presidente da rede, ressaltando a posição de caixa de 5 bilhões de reais da companhia. Isso, segundo ele, permitirá à empresa crescer acima da média do mercado.

Nos primeiros nove meses deste ano, os investimentos do Magazine Luiza somaram mais de 390 milhões de reais. A rede tem lojas atualmente em mais de 800 cidades do país e tem interesse em entrar em novos mercados nos próximos anos. "Ainda não temos presença física no Rio de Janeiro, em Brasília... Obviamente vamos considerar essas localidades em futuros planos de expansão", disse Trajano.

Para os próximos anos, o principal objetivo é entregar "crescimento exponencial" de vendas, mesmo que isso signifique abrir mão de margens de lucro, disse o presidente da rede. "Se precisarmos fazer 'trade off' das margens, nós vamos... Eu pensei que este trade off seria até maior, mas conseguimos segurar bastante e manter o nível de rentabilidade."

O Magazine Luiza teve margem líquida ajustada de 2,8% no terceiro trimestre, inferior aos 3,3% de um ano atrás.

As ações da companhia exibiam alta de 2,5% às 13h38, enquanto o Ibovespa mostrava variação negativa de 0,2%.

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