A Marcopolo (POMO3; POMO4) registrou alta de 11,1% no lucro líquido consolidado de 2019, na comparação com o ano retrasado, passando de R$ 190,9 milhões para R$ 212 milhões.
Embora lucros sejam sempre bem vistos pelo mercado, outros indicadores de desempenho mostraram deterioração, e podem desagradar os analistas.
A geração de caixa, medida pelo Ebitda, recuou 6,7%, para R$ 338 milhões. A margem de Ebitda também caiu 0,8 ponto percentual e fechou dezembro em 7,8%. No relatório que acompanha as demonstrações financeiras, a Marcopolo (SA:POMO4) atribui o recuo a alguns fatores.
O primeiro é o mix de vendas, mais focado no mercado interno do que no externo; as vendas de veículos urbanos para o Brasil e não para exportação; o pior desempenho do segmento rodoviário; e a menor equivalência patrimonial, prejudicada pela menor contribuição da canadense NFI, da qual detém 10,5% de participação.
Outros indicadores de desempenho que deterioraram foram o ROE (retorno sobre patrimônio líquido, na sigla em inglês), que caiu 0,9 ponto percentual para 9,2%; e o ROIC (retorno sobre o capital investido, na sigla em inglês), que recuou 2,6 pontos percentuais e ficou em 7,9%.
A receita líquida subiu 2,8%, para R$ 4,314 bilhões, com maior contribuição do mercado brasileiro, que gerou R$ 2,252 bilhões (17,6% mais). Já as receitas de exportação diminuíram 25,4%, para R$ 1,015 bilhão.