SÃO PAULO (Reuters) - A segunda maior companhia de educação superior do Brasil, Estácio (SA:ESTC3) avalia que a margem de 27,7 por cento obtida no terceiro trimestre é sustentável, mas a empresa e o setor deverão enfrentar desafios para renovar sua base de alunos em meio à formatura de turmas beneficiadas pelo programa de financiamento estudantil Fies.
"O crescimento de base (de alunos) é desafio para o setor, que tem dependência da economia muito forte. Como temos egressos do Fies temos que repor na mesma velocidade e isso é um desafio neste momento econômico", disse o presidente-executivo da Estácio, Pedro Thompson de Oliveira em teleconferência com analistas.
"Essa melhora (de margem) é sustentável. Temos diversas alavancas para o ano que vem", disse o executivo se referindo a estratégias que a Estácio poderá adotar no próximo ano para sustentar a margem.
No terceiro trimestre, a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Estácio foi de 27,7 por cento, crescimento de 2,2 pontos percentuais sobre um ano antes.
O executivo afirmou ainda que a Estácio está iniciando um piloto de ensino médio em 7 campi, que deve ajudar a empresa a reduzir ociosidade de suas instalações nos períodos da manhã e da tarde. "Não esperamos nada disruptivo em termos de resultados em 2018, mas estaremos preparados se optarmos por expandir isso", disse Oliveira.
(Por Alberto Alerigi Jr.)