Por Hilary Russ
NOVA YORK (Reuters) - O McDonald's (SA:MCDC34) disse nesta quarta-feira que o fechamento temporário de suas 847 lojas na Rússia custará à rede de fast-food cerca de 50 milhões de dólares por mês.
Uma onda de grandes marcas norte-americanas, incluindo Starbucks (SA:SBUB34), PepsiCo (SA:PEPB34) e Coca-Cola (SA:COCA34) também anunciaram a saída total ou parcial da Rússia, após a invasão da Ucrânia pelo país.
O McDonald's, um ícone da era pós-soviética, administra 84% de suas unidades na Rússia e disse que continuará pagando todos os seus 62.000 funcionários administrativos e de restaurantes. Outros custos virão de alugueis e cadeia de suprimentos, disse o diretor financeiro da companhia, Kevin Ozan, durante uma conferência organizada pelo UBS nesta quarta-feira.
"Esta é uma situação realmente desafiadora e complexa para uma empresa global como nós", disse ele.
Outras sete marcas de fast-food com mais de 2.600 pontos de venda combinados na Rússia também podem sofrer um impacto financeiro de qualquer decisão de retirada do país, embora quase todos esses restaurantes sejam de propriedade e operados por franqueados independentes.
A rede de pizzarias Papa John's disse em comunicado nesta quarta-feira que pode ter que absorver o custo de 15,2 milhões de dólares de recebíveis associados ao seu franqueado master na Rússia, que administra todos os seus 188 restaurantes no país.
Os royalties do franqueado representaram menos de 1% da receita total da Papa Johns em 2021, disse a empresa.
A rede de pizzarias também anunciou a interrupção de todo suporte operacional, de marketing e de negócios com o mercado russo e afirmou que não está recebendo royalties de restaurantes no país. O franqueado do grupo na Rússia possui e opera sua própria cadeia de suprimentos.
(Por Hilary Russ, em Nova York, e Praveen Paramasivam, em Bengaluru)