(Reuters) - O plano da Apple (NASDAQ:AAPL) de acrescentar inteligência artificial generativa ao seu Iphone e recuperar vendas em baixa no mercado chinês estará em foco na quinta-feira, quando a gigante de tecnologia deve divulgar sua maior queda de receita trimestral em mais de um ano.
Considerada há muito tempo uma ação obrigatória em Wall Street, os papéis da Apple tiveram um desempenho inferior ao de outras grandes empresas de tecnologia nos últimos meses, caindo mais de 10% no acumulado do ano, com os temores crescendo em função da implementação lenta de serviços de IA enquanto a Huawei toma uma parcela do mercado na China.
Na média, analistas veem as vendas do iPhone, que representa cerca de metade das receitas da Apple, caindo 10,4% nos primeiros três meses de 2024, segundo a provedora de dados financeiros LSEG. Essa queda seria a mais acentuada em mais de três anos.
Os analisas estimam que a receita total da Apple caiu 5% no segundo trimestre fiscal, entre janeiro e março. Seria o maior declínio de receitas da Apple desde o trimestre até dezembro de 2022, quando as receitas caíram 5,5%.
A Apple perdeu a coroa de empresa mais valiosa do mundo neste ano para a Microsoft (NASDAQ:MSFT) e seu valor de mercado agora está em 2,68 trilhões de dólares, após a queda do preço das ações em 2024.
Receitas frágeis e ações em queda colocaram pressão sobre a Apple para aprimorar seu principal dispositivo, após anos sem grandes atualizações.
A empresa conversa com a OpenAI e com o Google, da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), para acrescentar recursos de IA generativa ao Iphone, que poderão ser revelados no que se espera ser a maior conferência anual de desenvolvedores da empresa em junho, segundo a Bloomberg News.
(Reportagem de Yuvraj Malik em Bengaluru)