O Mercado Pago finalizou a emissão de R$ 1 bilhão em letras financeiras (LFs), na primeira vez em que recorreu a esse instrumento de captação. São duas séries de R$ 500 milhões cada, sendo a primeira com vencimento em dois anos e taxa de CDI + 0,50% ao ano; e a segunda com prazo de três anos, e remuneração de CDI + 0,60% ao ano.
De acordo com a fintech do Mercado Livre (NASDAQ:MELI), a demanda superou em 2,7 vezes o volume ofertado. Os recursos serão aplicados no crescimento das atividades junto a pessoas físicas e jurídicas, em frentes como crédito, processamento de pagamentos e capital de giro.
Com a emissão, a empresa também diversifica as fontes de captação e alonga os seus passivos. A operação, emitida pela Mercado Crédito SCFI, foi coordenada pelo Itaú BBA, e vem após a captação de cotas de um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) em julho, também de R$ 1 bilhão.
"Conseguimos ampliar a visão dos investidores institucionais sobre o Mercado Pago para além do negócio de meios de pagamento, que agora compreendem os diferenciais do nosso banco digital por fazer parte do ecossistema Mercado Livre", diz em nota o diretor sênior de tesouraria do Mercado Livre e do Mercado Pago no Brasil, Lourenço Cassandre.
Segundo ele, a fintech deve realizar novas emissões no futuro, diante do rápido crescimento e da percepção de que há apetite por parte dos investidores.