Por Senad Karaahmetovic
A estrategista do Goldman Sachs (NYSE:GS), Cecilia Mariotti, refletiu sobre a atual alívio vivido pelas ações, principalmente após a última reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).
Mariotti acredita que os ativos de risco contam com o suporte da “favorável retomada” de um “regime de taxas reais consideravelmente mais baixas”.
A estrategista menciona, por exemplo, as ações cíclicas dos EUA, que tiveram uma correção de quase 50% em comparação com ações defensivas desde o fundo do início de julho. Em vista disso, ela alertou os clientes a não ficarem otimistas demais na atual conjuntura.
“Analisando a reprecificação de ativos cíclicos nos EUA e UE, acreditamos que o mercado pode ter ficado complacente demais em relação aos riscos de recessão, na expectativa de um posicionamento mais acomodatício da política monetária, escreveu Mariotti aos clientes em nota.
Nos últimos dias, os estrategistas do Goldman Sachs alertaram que uma recessão ainda não foi totalmente precificada, razão pela qual Mariotti pensa que o mercado esteja vulnerável a surpresas “hawkish”, isto é, a um aperto maior das condições financeiras. Isso se aplica especialmente se a inflação continuar elevada e “a desaceleração da atividade resultar em uma crise mais profunda ou prolongada”.
“Nossos estrategistas acreditam que, a partir de agora, movimentos de alta nas taxas dos títulos americanos provavelmente se basearão em uma melhora do sentimento em torno do crescimento, contra preocupações de continuidade da desaceleração”, concluiu Mariotti.