Por Senad Karaahmetovic
Analistas do Raymond James teceram comentários sobre uma possível proibição ao TikTok nos Estados Unidos. Os estrategistas do banco afirmaram que há uma intensa movimentação no Congresso americano, a fim de mudar a estrutura e o modelo de negócios da rede social chinesa no país.
"Ainda consideramos que uma proibição completa seja uma possibilidade remota no curto prazo", escreveram em nota para os clientes.
Uma pesquisa recente sobre a geração Z, realizada pelo Piper Sandler, mostra que o TikTok é o aplicativo de mídia social número 1 dos EUA, com uma participação de 37% no mercado. Portanto, muitos analistas acreditam que as autoridades do país não irão impor uma proibição do TikTok, dada a popularidade do aplicativo entre a população adolescente.
"Nosso cenário-base é que a legislação pode conceder ao governo novos poderes para analisar e eventualmente proibir plataformas/tecnologias, mas uma proibição do TikTok seria um processo de longo prazo e não terminaria antes das eleições de 2024", acrescentaram.
Caso ocorra uma proibição do TikTok, a pesquisa do Raymond James mostra a Meta Platforms (NASDAQ:META) seria a grande beneficiária. 39% dos entrevistados disseram que passariam mais tempo no Instagram Reels, seguido do Facebook Reels (23%) e YouTube Shorts (19%), se a proibição do TikTok fosse implementada.
"O Instagram Reels ficou em primeiro lugar entre os entrevistados na faixa etária de 18 a 28 anos (52%), enquanto o Facebook Reels foi relativamente mais alto entre as faixas etárias de 30 a 44 e 45 a 60 anos. Globalmente, estima-se que o TikTok tenha gerado US$10 bilhões em receitas em 2022 (de acordo com um artigo do periódico The Information) e acreditamos que a Meta Platforms seria a principal beneficiária dos gastos incrementais com anúncios caso o TikTok seja proibido", prosseguiram.
Os resultados da pesquisa também mostraram que o TikTok (46%) e o Instagram Reels (44%) são as duas plataformas mais usadas para vídeos de formato curto, seguidos do YouTube Shorts (37%) e Facebook Reels (36%).
"Entre a faixa etária de 18 a 29 anos, o TikTok foi usado por 64% dos entrevistados, seguido do Instagram Reels com 64%, YouTube Shorts (38%), Facebook Reels (24%) e Snapchat Spotlight (20%)".
No geral, o TikTok representou 24% do tempo total gasto nos EUA no 1º trimestre de 2023, atrás do YouTube (34%), mas acima do FB (22%), Instagram (16%) e Snap (NYSE:SNAP) (3%).
"Os resultados da nossa pesquisa mostraram que o Instagram (39%) e o Facebook (23%) seriam os principais beneficiários de uma proibição, seguidos do YouTube Shorts (19%). Portanto, acreditamos que a Meta Platforms seria a clara vencedora se uma proibição ocorresse nos EUA", concluíram.