2 ações disparam +59%, 4 sobem +25% em agosto; como este modelo de IA identifica?
(Reuters) - A Meta informou esta segunda-feira que utilizará interações que os usuários têm com sua inteligência artificial, bem como postagens públicas e comentários compartilhados por adultos em suas plataformas, para treinar seus modelos de IA na União Europeia.
A ação da controladora do Facebook (NASDAQ:META) ocorre após a companhia lançar sua tecnologia de IA na Europa no mês passado, uma implementação que foi inicialmente anunciada para junho de 2024, mas adiada devido a preocupações regulatórias sobre proteção de dados e privacidade.
Embora a Meta AI tenha sido lançada nos EUA em 2023, sua implementação na Europa enfrentou vários obstáculos devido às rígidas regras de privacidade e transparência da UE.
A Meta anunciou nesta segunda-feira que usuários de suas plataformas na UE, incluindo Facebook, Instagram e WhatsApp, começarão a receber notificações explicando que tipo de dados a empresa utilizará. Os usuários também receberão um link para um formulário, onde poderão se opor ao uso de seus dados para fins de treinamento.
Embora a empresa utilize dados como consultas e perguntas de usuários na Meta AI, mensagens privadas, bem como dados públicos de contas de usuários menores de 18 anos, não serão usados no treinamento.
A Comissão Europeia não respondeu a um pedido de comentário sobre a decisão da Meta.
A Meta decidiu suspender o lançamento de seus modelos de IA na Europa em junho passado, após a Comissão de Proteção de Dados (DPC, na sigla em inglês) da Irlanda solicitar à empresa que adiasse seu plano de explorar dados de postagens em redes sociais.
A empresa também enfrentou reações negativas do grupo de defesa NOYB, que instou os órgãos de proteção da privacidade nacionais a interromperem esse uso de conteúdo de redes sociais.
O X, do bilionário Elon Musk, e o Google, da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), também estão sendo investigados pelo regulador de privacidade irlandês. O X está enfrentando uma investigação sobre o uso de dados pessoais de usuários da UE para treinar seu sistema de IA, o Grok. Já o DPC abriu uma investigação sobre o Google em setembro para verificar se a empresa protegeu adequadamente os dados dos usuários antes de usá-los para ajudar a desenvolver seu modelo de IA.
(Reportagem de Deborah Sophia em Bengaluru)