As ações da Micron Technology (NASDAQ:MU) fecharam em queda o pregão de sexta-feira, 16, depois que a empresa revelou que sua receita global poderia registrar uma contração de dois dígitos, em razão de medidas regulatórias tomadas por órgãos do governo chinês.
De acordo com a companhia, alguns clientes, como fabricantes de equipamentos móveis, estão sendo contatados por operadores de infraestrutura de informação crítica da China ou representantes do governo local, com questionamentos a respeito do uso futuro dos produtos da Micron. Antes da abertura desta segunda-feira, 19, em Nova York, os papéis da companhia apresentavam uma leve alta de 0,21%.
A notícia sai em meio a iniciativas do governo chinês, no sentido de proibir o uso de chips da Micron em indústrias locais estratégicas, após determinação da Administração de Segurança Cibernética do país (CAC).
A receita da Micron proveniente de empresas com sede na China continental e em Hong Kong representa aproximadamente um quarto do seu faturamento global, representando, portanto, sua principal exposição.
Em vista disso, a companhia estima que cerca da metade dessa receita de clientes chineses – o que equivale a dois dígitos baixos do seu faturamento mundial – pode sofrer uma contração.
“A Micron está trabalhando para minimizar esse impacto ao longo do tempo e espera maior variação de receita de um trimestre para outro. Nosso objetivo de longo prazo é manter sua participação global em DRAM e NAND”, declarou a empresa.
Ainda na sexta-feira, antes dessas declarações, a Micron havia reafirmado seu compromisso com a China, ao anunciar planos de investir US$ 603 milhões em sua fábrica de embalagem de chips na cidade de Xian nos próximos anos.
O órgão regulador do espaço cibernético da China está adotando medidas contra a empresa, depois de concluir que seus produtos não passaram em um teste de avaliação de segurança de rede.