E se o dólar já atingiu seu ponto mais baixo?
- Microsoft e Meta sustentam ganhos do setor; mercado agora de olho nos balanços de Amazon e Apple.
- Contratos futuros do S&P 500 renovam máximas com otimismo em torno da inteligência artificial.
- Fed reduz expectativas de cortes de juros; investidores aguardam dados-chave de inflação e emprego.
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Os contratos futuros das bolsas americanas registraram forte alta após os resultados acima do esperado da Microsoft (NASDAQ:MSFT) e da Meta (NASDAQ:META), que reforçaram o otimismo dos investidores com o avanço da inteligência artificial. As ações da Microsoft chegaram a subir mais de 8%, enquanto os papéis da Meta avançaram 12%, ambos reportando números muito superiores às projeções e sinalizando a continuidade dos investimentos pesados em infraestrutura para IA.
Com mais balanços do setor de tecnologia previstos para hoje, em meio à divulgação de indicadores macroeconômicos importantes e à proximidade do prazo final para novas tarifas em 1º de agosto, os mercados devem enfrentar maior volatilidade nas próximas sessões.
Antes de abordar os fatores macroeconômicos e os pontos de atenção, vale observar o comportamento técnico dos gráficos.
S&P 500 mantém tendência de alta
Com os contratos futuros do S&P 500 renovando máximas históricas, a tendência altista permanece predominante, o que mantém a estratégia de comprar nas correções como referência enquanto a estrutura de topos e fundos ascendentes seguir válida.
No curto prazo, a região de 6.435 pontos, correspondente à máxima da quarta‑feira, funciona como primeiro suporte, seguida pelo fechamento em 6.396 pontos, nível anterior ao gap provocado pelos balanços. Abaixo dessas referências, 6.333 pontos é um suporte relevante, reforçado pela média móvel de 21 dias e pela antiga zona de resistência. Somente uma perda consistente desses patamares abriria espaço para uma correção mais ampla em direção às máximas anteriores deste ano, entre 6.150 e 6.166 pontos.
No campo das resistências, não há barreiras técnicas bem definidas, mas níveis psicológicos como 6.500 pontos merecem atenção.
O índice de força relativa (IFR) segue acima de 70, caracterizando condição de sobrecompra. Essa leitura tende a ser ajustada por meio de dois caminhos: correção nos preços (movimento baixista) ou consolidação lateral (cenário construtivo).
Big techs mantêm ritmo do rali
Os futuros do S&P 500 avançaram 1%, mas será necessário acompanhar se os ganhos se sustentam no decorrer da semana. O mercado tem sido guiado por duas forças opostas: de um lado, a temporada de balanços das gigantes de tecnologia, que tem oferecido impulso concreto para as ações; de outro, as tensões comerciais e a incerteza em relação à trajetória da política monetária.
No momento, prevalece o foco nos resultados corporativos, mas o equilíbrio segue delicado e dependerá da divulgação dos próximos indicadores econômicos e dos impactos efetivos das tarifas propostas por Trump sobre a atividade.
O desempenho da Microsoft aproxima a empresa da marca de US$ 4 trilhões em valor de mercado, desde que consiga sustentar parte dos ganhos obtidos no pré‑mercado.
Logo mais, após o fechamento, saem os resultados da Amazon (NASDAQ:AMZN) e da Apple (NASDAQ:AAPL). O mercado acompanhará com atenção para avaliar se o movimento positivo em torno da inteligência artificial continua e se as demais integrantes do grupo das “7 magníficas” manterão o padrão de entrega. Até agora, os números não têm decepcionado.
Assim, o forte avanço das big techs segue como principal vetor de sustentação do rali do S&P 500, enquanto cresce a preocupação dos investidores com os possíveis efeitos inflacionários das tarifas anunciadas por Trump, um fator que também aumenta a cautela do Fed.
Tarifas: Trump eleva a pressão
No campo do comércio exterior, as tensões se intensificaram após o anúncio de uma tarifa de 15% sobre importações da Coreia do Sul, alinhando-se às medidas anteriormente aplicadas ao Japão, acompanhada da exigência de US$ 350 bilhões em investimentos no mercado americano. A Índia também foi incluída, com tarifa de 25%, sob a justificativa de manter compras de petróleo e equipamentos militares russos. Ao mesmo tempo, produtos de cobre mais negociados ficaram isentos, mas outros foram tarifados em até 50%.
Essas medidas antecedem o prazo de 1º de agosto fixado pela Casa Branca, que prevê tarifas entre 15% e 50% para países sem acordos bilaterais. A estratégia de Trump busca redesenhar as cadeias globais e estimular a produção doméstica. Até o momento, não houve uma queda prolongada relevante nos mercados além da correção observada em abril. Com os índices em níveis recordes, o mercado parece dar crédito à abordagem comercial da Casa Branca.
Corte de juros em setembro deixa de ser consenso
O presidente do Fed, Jerome Powell, manteve a taxa básica e reforçou que nenhuma decisão foi tomada quanto a um eventual corte em setembro. Embora dois dirigentes, Bowman e Waller, tenham votado por reduzir os juros, Powell reiterou que os riscos inflacionários seguem presentes e justificam uma política moderadamente restritiva.
A perspectiva de que as tarifas possam pressionar a inflação nos próximos meses levou a uma alta nos rendimentos dos Treasuries e no dólar. Após a coletiva considerada dura, o mercado ajustou rapidamente as expectativas, reduzindo a precificação de corte em setembro de 16 pontos-base para apenas 11. Esse posicionamento coloca Powell em conflito direto com a Casa Branca, que insiste em cortes agressivos.
O reposicionamento mais conservador da política monetária é reforçado pelos dados sólidos de PIB e pela possibilidade de uma inflação subjacente mais persistente. Os investidores acompanham agora as próximas divulgações, com destaque para o PCE core desta quinta‑feira e o relatório de emprego de sexta-feira, que podem redefinir as expectativas para a política do Fed.
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