A controvérsia em curso em torno da proposta da mina Resolution Copper no Arizona está se configurando como uma questão significativa na próxima eleição presidencial dos EUA em 2024. A mina, uma joint venture entre as gigantes da mineração Rio Tinto (NYSE:RIO) e BHP, tem o potencial de fornecer mais de um quarto da demanda de cobre dos Estados Unidos e é vista como um ativo estratégico para reduzir a dependência do país em importações, que atualmente representam quase metade de suas necessidades de cobre.
No entanto, o projeto enfrenta forte oposição das comunidades indígenas do Arizona, particularmente dos Apache de San Carlos, que consideram o local sagrado. A mina criaria uma grande cratera, ameaçando um local religioso central para seu culto. Essa oposição é apoiada por todas, exceto uma, das 22 tribos indígenas do estado e pelo National Congress of American Indians.
Na quarta-feira, foi apresentado um recurso à Suprema Corte dos EUA para bloquear o acesso à terra, uma medida que pode ter implicações políticas significativas. O resultado da eleição de 5 de novembro pode determinar o futuro da mina, já que o próximo presidente terá autoridade para aprovar ou interromper seu desenvolvimento.
O presidente Joe Biden anteriormente congelou o desenvolvimento do projeto, uma decisão que repercutiu entre os 400.000 indígenas do Arizona que desempenharam um papel fundamental na eleição de 2020.
A mina Resolution Copper tornou-se um ponto de discórdia entre os dois principais candidatos presidenciais. Kamala Harris, a candidata democrata, foi instada pelos Apache de San Carlos e outras tribos a bloquear a mina se eleita, refletindo suas preocupações com a proteção de terras sagradas.
Por outro lado, o ex-presidente Donald Trump indicou um forte apoio a projetos de mineração, incluindo a disposição de aprovar rapidamente o controverso projeto Twin Metals em Minnesota, que foi interrompido pela administração Biden-Harris em 2022.
A Rio Tinto expressou o compromisso de manter o cobre dentro dos EUA se a mina prosseguir e tem se engajado em diálogo com as tribos do estado, incluindo oferecer apoio a bancos de alimentos após incêndios florestais recentes. A BHP, que possui 45% do projeto, recusou-se a comentar sobre a eleição.
O debate sobre a mina também toca em questões mais amplas, como mudanças climáticas e desenvolvimento econômico. Steve Trussell, da Arizona Mining Association, levantou preocupações de que não desenvolver a mina Resolution poderia levar a um aumento nas importações de cobre dos EUA e um retrocesso no combate às mudanças climáticas.
Mila Besich, prefeita democrata de Superior, Arizona, e apoiadora tanto de Harris quanto do projeto Resolution, tem feito lobby ativamente pela mina, enfatizando seus potenciais benefícios econômicos para a região, que sofre com uma alta taxa de desemprego.
As batalhas legais e políticas sobre a mina Resolution Copper destacam a complexa interação entre preocupações ambientais, direitos indígenas e interesses econômicos, com o resultado provavelmente tendo impactos duradouros na comunidade local e no cenário político mais amplo dos EUA.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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