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SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério da Justiça deve realizar na terça-feira uma reunião com representantes da indústria de bebidas para discutir a crise provocada pelos inúmeros casos de intoxicação por metanol gerados por falsificação em alguns Estados do país, incluindo São Paulo.
"O objetivo do encontro é entender o que o mercado tem a dizer sobre a crise e ver como eles podem ajudar. Eles são importantes no combate à falsificação de bebidas", afirmou o secretário Nacional do Consumidor, Paulo Henrique Pereira, em comunicado do ministério à imprensa.
A pasta convidou para o encontro representantes da Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas), ABBD (Associação Brasileira de Bebidas Destiladas), CNI (Confederação Nacional da Indústria), FNCP (Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade) e ABCF (Associação Brasileira de Combate à Falsificação).
"É um momento difícil para o mercado legal, precisamos ver como conseguimos ajudar também", afirmou Pereira no comunicado.
A crise fez o ProconSP colocar um aviso especial em seu site para denúncias de quem suspeita ter ingerido bebida adulterada ou que algum estabelecimento esteja vendendo "de forma irregular". A entidade de proteção ao consumidor afirmou na semana passada que intensificou a fiscalização com equipes do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania, da Polícia Civil de São Paulo (DPPC).
Segundo dados do Ministério da Saúde informados na véspera, o Brasil tem 225 registros de intoxicação por metanol após ingestão de bebida alcoólica, entre investigados e confirmados. Até o domingo, havia notificação de 15 mortes, sendo duas confirmadas e 13 em investigação.
O Estado de São Paulo responde pela maioria das notificações de intoxicação, com 14 casos confirmados e 178 em investigação, afirmou a pasta. Em todo o país, são 16 casos confirmados e 209 em investigação. Além de São Paulo, os casos já foram registrados no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rondônia, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará.
(Por Alberto Alerigi Jr.)