Por Sam Boughedda
Os analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) disseram, em uma prévia dos resultados dos bancos americanos no 1º tri, na quarta-feira, 5, que é cedo demais para se posicionar em grandes instituições do setor.
Eles reafirmaram a posição da companhia de que a alta da inflação e o aperto das condições financeiras representam um ambiente desafiador para os bancos, na medida em que a inflação promove o crescimento do crédito e o aperto financeiro faz encolher os depósitos.
Essa era a situação que os bancos estavam enfrentando antes mesmo da quebra do SVB, quando os empréstimos cresciam a uma taxa de 10% e os depósitos encolhiam a uma taxa de 3%, explicaram os estrategistas do banco.
"Acrescente a isso algumas quebras bancárias, aumento da demanda por depósitos de consumidores granulares, regulamentação de liquidez mais rigorosa para um conjunto mais amplo de instituições, aumento do capital para GSIBs com o fim do Basel, padrões de empréstimos mais restritivos, crescimento de perdas com crédito... E podemos perceber por que a pressão sobre a indústria bancária está aumentando", escreveram. "Cada item do demonstrativo de resultados muda constantemente, e o grau de confiança em nossas previsões é menor, à medida que a probabilidade de uma desaceleração mais acentuada aumenta."
Antes dos resultados do primeiro trimestre, eles revelaram que seus bancos preferidos eram JPMorgan (NYSE:JPM), Wells Fargo (NYSE:WFC) e Regions Financial (NYSE:RF).
Eles projetam que o JPMorgan entregará uma alavancagem operacional positiva de 340 pontos-base em 2023, com receitas aumentando 11% e despesas crescendo 8% ano a ano. Para o Wells Fargo, o Morgan Stanley acredita que, diante da incerteza maior do atual cenário, a posição de capital do WFC se destaca entre seus pares, e espera que o valor da base de depósitos do RF se torne um dos principais vetores de desempenho da receita líquida de juros este ano.