Calendário Econômico: Inflação no Brasil, EUA dá tom em semana de balanços na B3
Investing.com — O Morgan Stanley (NYSE:MS) elevou a classificação das ações americanas para acima da média, citando uma combinação de lucros resilientes, política monetária favorável e um dólar mais fraco.
O gigante de Wall Street agora favorece as ações americanas em relação a outras regiões, projetando que o S&P 500 alcance 6.500 até o segundo trimestre de 2026.
Prevê-se que o lucro por ação (LPA) cresça de forma constante até 2027, apoiado por um dólar pressionado e um cenário de queda nas taxas de juros, com expectativa de que as avaliações permaneçam elevadas.
"Preferimos ações dos EUA às não americanas, pois antecipamos que as revisões de lucros atinjam o fundo no curto prazo e a fraqueza do dólar seja um catalisador positivo para os lucros multinacionais", afirmou o Morgan Stanley em sua perspectiva estratégica global de meio de ano, publicada na terça-feira.
"Os ativos de risco e livres de risco dos EUA são atraentes em comparação com o Resto do Mundo (RdM) em um cenário de economia global desacelerando, mas ainda em expansão, apesar da incerteza política, junto com desregulamentação e mais cortes nas taxas do que o precificado nos mercados", observa o relatório.
Isso marca uma clara preferência regional dentro de uma postura neutra mais ampla sobre ações globais. O Morgan Stanley mantém uma classificação de peso igual para ações globais, mas com uma visão acima da média para ações americanas e renda fixa principal.
Fora dos EUA, a empresa é mais cautelosa. Mantém uma classificação de peso igual para ações europeias e japonesas e uma classificação abaixo da média para mercados emergentes (ME).
Para a Europa e Ásia excluindo Índia, o Morgan Stanley prevê pressões nas margens devido a moedas locais mais fortes e maior exposição a setores sensíveis a tarifas. "A força da moeda e uma inclinação do setor do mercado de ações para tarifas" devem pesar sobre os lucros não americanos.
Embora se preveja que o dólar enfraqueça ainda mais, o banco rejeita a noção de que os ativos dos EUA perderão seu apelo global. "Rejeitamos a ideia de que investidores estrangeiros abandonariam ou deveriam abandonar significativamente os ativos dos EUA", observou o relatório.
Apesar do crescimento lento, o Morgan Stanley mantém que "a economia global não está em recessão". Vê a expansão continuando, embora em ritmo mais lento, apoiada pela redução da inflação, estímulo político e uma redução nos riscos extremos de queda.
A empresa prevê que o crescimento real do PIB global desacelere para 2,5% ao ano até o final de 2025, abaixo dos 3,5% no final de 2024. Projeta-se que a inflação permaneça persistente, diminuindo ligeiramente para 2,1% até o final de 2025, em comparação com 2,3% um ano antes.
O Morgan Stanley vê fraqueza econômica generalizada, com os EUA, zona do euro e Reino Unido com expectativa de crescimento em torno de 1% ou menos em 2025, enquanto o crescimento dos mercados emergentes desacelera quase um ponto percentual completo. Projeta-se que o PIB da China decline mais acentuadamente.
Apesar da desaceleração, a inflação permanece persistente. Espera-se que o Fed mantenha as taxas estáveis até 2025 antes de começar a cortar no início de 2026, enquanto se antecipa que os bancos centrais na Europa e no Reino Unido afrouxem a política até o final do ano. Prevê-se que o Banco do Japão pause seus aumentos de taxas.
"Apesar dos números de crescimento pouco inspiradores, nossos economistas não estão prevendo uma recessão nos EUA ou global. Vimos nas últimas semanas que existem saídas para as tensões comerciais, o que remove os riscos extremos negativos para o crescimento e os riscos extremos de alta para a inflação", disse o Morgan Stanley.
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