Os estrategistas de ações do Morgan Stanley (NYSE:MS) reforçaram sua visão de que as ações dos EUA estão sobrevalorizadas.
Em uma coluna regular publicada na segunda-feira, 22, os analistas do banco de Wall Street apresentaram evidências técnicas e fundamentalistas para respaldar sua argumentação de que o S&P 500 não conseguirá romper a faixa de 3800 a 4200 pontos em 2023. Mesmo que o faça, tudo leva a crer que será um rompimento “fake”.
Na sexta-feira, o S&P 500 atingiu uma nova máxima de 9 meses, ao ultrapassar os 4200 pontos, mas depois recuou e fechou em 4191,99, com uma queda de 0,14% no dia.
"Será que finalmente estamos testemunhando um rompimento que confirma um bull market? A resposta curta é não, em nossa opinião, pois há muitos sinais técnicos que entram em conflito com a ideia de que o movimento marca o início de um novo mercado de alta cíclico: estreitamento extremo (pouca abrangência), liderança de ações de qualidade/defensivas e desempenho cíclico amplo liderado por bancos regionais, small caps, varejistas e setor de transporte", afirmaram os analistas em uma nota aos clientes.
Eles reafirmaram sua visão de que os valuations atuais não são atrativos e que o prêmio de risco das ações está abaixo de 200 pontos-base. Acreditam ainda que a ação dos preços na semana passada indicou "sinais de compras de pânico".
"Em vez de um ‘short squeeze' (corrida para cobrir posições vendidas), o mercado foi impulsionado pelos maiores vencedores, à medida que mais participantes do mercado se convenciam de que o próximo bull market poderia ter começado, e eles não queriam perder essa oportunidade."
No entanto, os analistas argumentaram que esse rali pode ser “fake”, assim como ocorreu em meados do ano passado.
"Não ficaríamos surpresos em ver uma pequena alta adicional nos principais índices americanos, se um acordo sobre o teto da dívida for aprovado. No entanto, consideraríamos isso como um rompimento falso/armadilha de alta. Nesse caso, o potencial de alta de curto prazo poderia nos levar de volta aos picos de agosto na maioria dos casos, em nossa opinião, mas logo ocorreria uma reversão."