Bitcoin recua e testa suporte em meio a liquidações e cautela global
Movida (SA:MOVI3) e Suzano (SA:SUZB3) inauguram a segunda janela mais movimentada de emissões de títulos de dívida no mercado externo com captações relacionadas ao tema da sustentabilidade. As duas companhias levantaram US$ 300 milhões e US$ 500 milhões, respectivamente.
A demanda dos investidores estrangeiros foi considerada positiva, dado o ambiente de agravamento da turbulência política, que pesou nos mercados locais acionário, de câmbio e de juros ontem. A Movida registrou em seu livro de ordens um total de US$ 800 milhões, enquanto a Suzano atraiu US$ 3,4 bilhões em interessados.
"A demanda foi elevada, apesar de os indicadores locais mostrarem aversão ao risco para os ativos brasileiros", afirma o sócio da gestora Octante Capital, Laszlo Lueska. Para ele, o fato de poucas emissões brasileiras terem chegado ao mercado recentemente e de as duas operações terem o apelo da sustentabilidade, além da qualidade das empresas em si, explica o sucesso das operações.
O responsável pela área de mercado de capitais de dívida do Santander Brasil (SA:SANB11), Matheus Licarião, estima que mais oito operações de emissão de dívida deverão desembarcar no mercado este mês.
"O número de operações pode chegar a 12, se considerarmos outubro", diz ele.
O executivo do Santander afirma ainda que pelo menos metade das novas emissões terá compromissos de sustentabilidade.
A mais recente emissão externa de títulos de dívida (bonds) feita por empresa brasileira foi da Oi (SA:OIBR3), em julho, no volume de US$ 880 milhões em títulos de cinco anos, com taxa de 8,75%. A captação foi feita pela empresa para pagar compromissos relativos ao processo de recuperação judicial, iniciado em 2016.
No acumulado do ano de 2021, um total de US$ 14 bilhões em captações foi realizado por empresas brasileiras no exterior.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.