Macarena Soto.
Foz do Iguaçu (Brasil), 1 nov (EFE).- Discutindo o papel da mulher e da iniciativa privada como impulsores de fomento à economia terminou nesta sexta-feira no Brasil o II Fórum de Desenvolvimento Econômico Local, uma reunião que, segundo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode ser "mais eficaz" que Davos ou o Fórum Social Mundial.
"É o evento sobre políticas públicas mais extraordinário do século XXI", disse no encerramento, quando acrescentou que os participantes, mais de quatro mil de 68 países diferentes, "não sabem o que o material saído daqui pode significar para milhões de cidadãos".
Lula, que foi recebido com aplausos, comparou a reunião na cidade de Foz do Iguaçu, na fronteira com Argentina e Paraguai, com os foros de Davos e Social Mundial e apontou que este evento que encerrava hoje "talvez seja o que possa produzir resultados muito mais eficazes".
"Em Davos era a perspectiva de aumentar o papel do mercado, o que provocou a crise na Europa e dos Estados Unidos; e as diferentes versões do Fórum Social Mundial são um centro onde as pessoas compram e vendem ideologias", criticou Lula.
O papel da mulher no ambiente de trabalho, a conquista da igualdade nos diferentes âmbitos sociais, foi outro dos temas mais discutidos na segunda edição do fórum, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A próxima edição, a terceira, acontecerá na cidade italiana de Turim, em 2015.
A ex-ministra do Trabalho do Chile, Claudia Serrano, que também discursou no encerramento para ler as conclusões do grupo de analistas do fórum, que propõem um "abordagem mais estrutural em questões de gênero" para os foros seguintes.
Durante os três dias de mesas, várias delas se centraram neste aspecto da situação da mulher e concluíram, tal e como apontou dias atrás a administradora associada do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Rebeca Grynspan, quem disse que um dos elementos básicos para o desenvolvimento local é o "empoderamento" das mulheres,
"Alcançar uma equidade entre sexos", afirmou Grynspan, "é básico, pois precisamos de políticas específicas para que isto aconteça. Só se apoiamos a mulher teremos um desenvolvimento econômico local bem-sucedido".
Sobre o papel da mulher na política, Lula deu como certa a vitória nas eleições presidenciais do Chile, previstas para o dia 17, da socialista Michelle Bachelet, que governou entre 2006 e 2010, e apostou por uma "nova revolução" na América Latina com quatro mulheres no poder.
Lula acrescentou o nome de Bachelet as três atuais presidentes latino-americanas: sua sucessora no Brasil, Dilma Rousseff; a argentina, Cristina Kirchner, e a costarriquenha, Laura Chinchilla.
Minutos antes, o representante do Pnud no Brasil e coordenador do evento, Jorge Chediek, disse à Efe que a agência da ONU "promove ativamente o princípio de cidadania corporativa nas empresas", para as quais "é importante ter um investimento na qualidade da sociedade onde investem".
"A resposta foi bastante positiva, muitas empresas reconhecem que é importante ganhar dinheiro, mas fazê-los à custa de destruir o nome da empresa ou se depois não houver consumidores não é bom negócio", explicou.
Perguntado sobre como se pode incorporar o sistema empresarial capitalista ao desenvolvimento econômico local, Chediek argumentou que "a sociedade civil é muito importante e tem que seguir participando, mas também é fundamental incorporá-la à dimensão produtiva".
A segunda edição do fórum começou na terça-feira no Parque Tecnológico de Itaipu, na fronteira entre Brasil e Paraguai, que abastece de energia elétrica aos países e que é um símbolo de criação de "energia limpa".
Durante os quatro dias de fórum mais de quatro pessoas de 68 países participaram das mesas e as sessões plenárias que reuniram mais de 300 conferencistas, técnicos, líderes sociais e políticos, ativistas, ministros e dirigentes. EFE
Foz do Iguaçu (Brasil), 1 nov (EFE).- Discutindo o papel da mulher e da iniciativa privada como impulsores de fomento à economia terminou nesta sexta-feira no Brasil o II Fórum de Desenvolvimento Econômico Local, uma reunião que, segundo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode ser "mais eficaz" que Davos ou o Fórum Social Mundial.
"É o evento sobre políticas públicas mais extraordinário do século XXI", disse no encerramento, quando acrescentou que os participantes, mais de quatro mil de 68 países diferentes, "não sabem o que o material saído daqui pode significar para milhões de cidadãos".
Lula, que foi recebido com aplausos, comparou a reunião na cidade de Foz do Iguaçu, na fronteira com Argentina e Paraguai, com os foros de Davos e Social Mundial e apontou que este evento que encerrava hoje "talvez seja o que possa produzir resultados muito mais eficazes".
"Em Davos era a perspectiva de aumentar o papel do mercado, o que provocou a crise na Europa e dos Estados Unidos; e as diferentes versões do Fórum Social Mundial são um centro onde as pessoas compram e vendem ideologias", criticou Lula.
O papel da mulher no ambiente de trabalho, a conquista da igualdade nos diferentes âmbitos sociais, foi outro dos temas mais discutidos na segunda edição do fórum, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A próxima edição, a terceira, acontecerá na cidade italiana de Turim, em 2015.
A ex-ministra do Trabalho do Chile, Claudia Serrano, que também discursou no encerramento para ler as conclusões do grupo de analistas do fórum, que propõem um "abordagem mais estrutural em questões de gênero" para os foros seguintes.
Durante os três dias de mesas, várias delas se centraram neste aspecto da situação da mulher e concluíram, tal e como apontou dias atrás a administradora associada do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Rebeca Grynspan, quem disse que um dos elementos básicos para o desenvolvimento local é o "empoderamento" das mulheres,
"Alcançar uma equidade entre sexos", afirmou Grynspan, "é básico, pois precisamos de políticas específicas para que isto aconteça. Só se apoiamos a mulher teremos um desenvolvimento econômico local bem-sucedido".
Sobre o papel da mulher na política, Lula deu como certa a vitória nas eleições presidenciais do Chile, previstas para o dia 17, da socialista Michelle Bachelet, que governou entre 2006 e 2010, e apostou por uma "nova revolução" na América Latina com quatro mulheres no poder.
Lula acrescentou o nome de Bachelet as três atuais presidentes latino-americanas: sua sucessora no Brasil, Dilma Rousseff; a argentina, Cristina Kirchner, e a costarriquenha, Laura Chinchilla.
Minutos antes, o representante do Pnud no Brasil e coordenador do evento, Jorge Chediek, disse à Efe que a agência da ONU "promove ativamente o princípio de cidadania corporativa nas empresas", para as quais "é importante ter um investimento na qualidade da sociedade onde investem".
"A resposta foi bastante positiva, muitas empresas reconhecem que é importante ganhar dinheiro, mas fazê-los à custa de destruir o nome da empresa ou se depois não houver consumidores não é bom negócio", explicou.
Perguntado sobre como se pode incorporar o sistema empresarial capitalista ao desenvolvimento econômico local, Chediek argumentou que "a sociedade civil é muito importante e tem que seguir participando, mas também é fundamental incorporá-la à dimensão produtiva".
A segunda edição do fórum começou na terça-feira no Parque Tecnológico de Itaipu, na fronteira entre Brasil e Paraguai, que abastece de energia elétrica aos países e que é um símbolo de criação de "energia limpa".
Durante os quatro dias de fórum mais de quatro pessoas de 68 países participaram das mesas e as sessões plenárias que reuniram mais de 300 conferencistas, técnicos, líderes sociais e políticos, ativistas, ministros e dirigentes. EFE