(Reuters) - O bilionário Elon Musk classificou como "totalmente falsas" as denúncias publicadas pela imprensa norte-americana de que ele teria assediado sexualmente uma comissária de bordo em um jato executivo em 2016.
As ações de sua montadora de carros elétricos, Tesla (SA:TSLA34)(NASDAQ:TSLA), desabavam 6% nesta sexta-feira, às 12h43 (horário de Brasília).
A Business Insider publicou na quinta-feira que a companhia de foguetes espaciais de Musk, a SpaceX, pagou 250 mil dólares em 2018 para resolver um caso de denúncia de assédio sexual feita por uma comissária de bordo de um jato executivo que acusou Musk de se exibir para ela.
A reportagem citou uma fonte não identificada que disse que é colega da comissária de bordo. A colega forneceu uma declaração que faz parte do processo privado, segundo a reportagem.
"Eu desafio esta mentirosa que afirma que sua amiga me viu me 'exibindo' -- descreva apenas uma coisa, qualquer coisa (cicatriz, tatuagens,...) que não seja conhecida do público. Ela não vai conseguir fazer isso, porque isso nunca aconteceu", escreveu Musk na noite de quinta-feira no Twitter.
A Reuters não pôde verificar a reportagem da Business Insider. Representantes de Musk e da SpaceX não comentaram o assunto ou os tuítes do bilionário.
Musk está no Brasil nesta sexta-feira, a convite do governo do presidente Jair Bolsonaro, para tratar de conectividade na Amazônia.
Em comunicado à Reuters nesta sexta-feira, a Business Insider afirmou: "Nós mantemos nossa história, que é baseada em documentos e entrevistas que falam por si mesmos."
A Business Insider citou a colega da comissária de bordo afirmando que, além de ter se exibido, Musk roçou na coxa da comissária e ofereceu a ela comprar um cavalo se ela "fizesse mais" em uma massagem durante o voo.
A comissária passou a acreditar que a recusa dela em aceitar a proposta de Musk prejudicou suas oportunidades de trabalho na SpaceX, o que a levou a contratar um advogado em 2018, segundo a reportagem da Business Insider.
A companhia de foguetes de Musk fechou um acordo extrajudicial e incluiu um acordo de confidencialidade que impede que a comissária de bordo se manifeste sobre o caso, publicou a Business Insider. Os nomes da comissária e de sua colega não foram revelados pelo site de notícias.
Musk afirmou na quarta-feira que vai votar em um candidato republicano em vez de democrata, prevendo que uma "campanha de golpes sujos" contra ele seria disparada.
Na reportagem da Business Insider, Musk foi citado como dizendo que a história da comissária de bordo é uma campanha "politicamente motivada" e que há "muito o que se fazer nessa história".
Na quinta-feira à noite Musk escreveu: "Os ataques contra mim têm que ser vistos com lentes políticas --este é o manual padrão (desprezível) deles--, mas nada vai me impedir de lutar pelo futuro de nosso direito à liberdade de expressão."
Musk acertou um acordo com o Twitter (SA:TWTR34)(NYSE:TWTR)para comprar a rede social por 44 bilhões de dólares.
No comentário na rede social, Musk não citou especificamente as alegações publicadas pela Business Insider. "E, para registro, estas acusações loucas são completamente falsas." Ele disse ainda que a reportagem tem como objetivo interferir na aquisição do Twitter.
(Por Hyunjoo Jin e Joey Roulette)