Ações do setor de tecnologia derretem nesta terça nos Estados Unidos, impulsionando as perdas da Nasdaq, bolsa com maior participação de big techs e também de startups da internet. O índice Nasdaq tinha baixa de 2,08% para 14.658 pontos pouco depois das 10h30 (11h30 em Brasília). No Brasil, o Ibovespa perdeu os 113 mil pontos e tem forte baixa.
O movimento pressiona também ações brasileiras do setor de tecnologia como as das credenciadoras de pagamentos StoneCo (NASDAQ:STNE) e PagSeguro (NYSE:PAGS) (SA:PAGS34), ambas negociadas na Nasdaq. As ações da Stone recuam 4,5% para US$ 36,58, enquanto as da PagSeguro têm baixa de 5,1% para US$ 53,49, na maior baixa diária em 12 semanas. As ações da XP Inc, também na Nasdaq, recuam 3,36% e são negociadas a US$ 42,02.
Entre as big techs, as ações da Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34) recuam 1,73% para US$ 142,86, enquanto as da Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) têm perdas de 2,5% para US$ 3.321. Os papéis do Facebook (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34) têm baixa ainda maior, de 3,5% para US$ 340,88.
O baixa é capitaneada pelo aumento do rendimentos dos Treasuries, conforme crescem as expectativas de retirada mais cedo dos estímulos monetários. O presidente do Fed, Jerome Powell, está falando no Senado ao lado da secretária do Tesouro, Janet Yellen. O retorno dos Treasuries de dez anos atingiu 1,537% nesta terça - há menos de uma semana, ainda eram negociados abaixo de 1,4%.
Em comentários preparados, Powell disse esperar que a pressão da inflação permaneça alta nos próximos meses antes de diminuir. Yellen alertou que o Tesouro dos EUA poderá ficar sem dinheiro por volta de 18 de outubro, a menos que uma ação legislativa seja tomada para suspender ou aumentar o limite da dívida do governo.
A confiança do consumidor americano caiu em setembro pelo terceiro mês consecutivo, sugerindo que as preocupações com a variante delta e os preços mais altos continuam a diminuir o ânimo no país. Os preços das residências subiram 19,7% em julho - mais uma vez apresentando o maior salto em mais de 30 anos.
O petróleo Brent foi negociado perto de US$ 80 o barril, novo marco da crise global de energia, sinalizando que a demanda está ultrapassando a oferta e esgotando os estoques. O aumento do petróleo está alimentando as pressões inflacionárias em um momento em que os preços das commodities de energia estão disparando.
-- Com informações da Bloomberg News