Natura (NTCO3): Ações disparam 10% após balanço “melhor do que o temido”

Publicado 09.05.2023, 11:29
Atualizado 09.05.2023, 11:32
© Reuters.

Investing.com – O mercado reagiu bem ao balanço da Natura (BVMF:NTCO3), que apresentou melhoria da rentabilidade e controle de custos, ainda que com resultado líquido no vermelho. Às 11h27 (de Brasília) as ações disparavam 10,29%, a R$12,43.

A companhia apresentou um prejuízo líquido de R$652,4 milhões, ligeiramente acima do resultado negativo de R$643,1 milhões relatado em igual período de um ano antes.

A receita líquida consolidada no 1T23 totalizou R$ 8,0 bilhões, alta anual de 3,4% em moeda constante. Segundo a companhia, o melhor Ebitda “foi mais do que compensado por maiores despesas financeiras líquidas (que serão endereçadas com a venda da Aesop) e por perdas de operações descontinuadas”, detalhou em release de resultados.

Em relatório após a divulgação do balanço, o Itaú BBA apontou que a companhia apresentou dados mistos, com receita líquida pouco abaixo do esperado, Ebitda ajustado superando expectativas e alta na margem bruta em 3,7 pontos percentuais frente ao igual período de 2022.

Os analistas Thiago Macruz, Maria Clara Infantozzi, Victor Rogatis, Clara Lustosa e Kelvin Dechen consideraram como ponto positivo a alta da margem bruta, uma possível tendência para os próximos meses, ainda que em menor escala. No entanto, ponderaram que a Natura apresentou despesas financeiras mais altas, o que afetou o resultado.

“A pior dinâmica do capital de giro contribuiu para uma queima de FCF de R$ 2 bilhões no trimestre (contra uma queima de R$ 969 milhões no 1T22)”, comparam os analistas. “Maiores despesas financeiras devido ao maior endividamento bruto e maiores taxas de juros serão equacionadas com a venda da Aesop”, completam.

O Itaú BBA possui classificação Outperform para as ações, com preço-alvo de R$18.

Já o banco Goldman Sachs (NYSE:GS) Natura considerou o balanço “melhor que o temido, com maior rentabilidade na operação subjacente”.

Conforme apontado pelos analistas Irma Sgarz, Felipe Rached, Gustavo Fratini, os indicadores seguem fracos, com receitas abaixo do consenso, enquanto a margem Ebitda foi a surpresa positiva.

“Embora saudemos a lucratividade melhor do que a esperada nas operações ex-Aesop, a geração de fluxo de caixa permanece relativamente fraca”, destacam os analistas, lembrando que o primeiro trimestre é, sazonalmente, de fluxos de saídas.

O Goldman Sachs mantém classificação neutra para a companhia, com preço-alvo de R$14. “Embora acreditemos que a proposta de venda da Aesop daria à empresa a flexibilidade financeira necessária para conduzir mudanças estruturais nas marcas remanescentes, a reviravolta também traz riscos”, completam os analistas, que avaliam ser necessário cortar representantes e mercados deficitários visando otimizar indicadores e elevar a lucratividade do negócio.

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