RIO DE JANEIRO (Reuters) - A elétrica Neoenergia (SA:NEOE3), do grupo espanhol Iberdrola (MC:IBE), estuda buscar novos contratos de energia para estender a vida útil da Termopernambuco, mas também não descarta a venda da térmica, disse nesta sexta-feira o presidente da companhia, Mario Ruiz-Tagle.
A companhia, que tem como estratégia focar em ativos renováveis, essencialmente solares e eólicos, considera que Termopernambuco tem "uma excelente performance operacional, com um custo muito eficiente de produção" de energia a gás.
"Estamos estudando todas essas alternativas, tanto de venda de energia, participando de leilão por demanda, (leilão de) reserva de capacidade e a potencialidade de desenvolver algum projeto adicional (para vender)", disse Tagle, ao participar de conferência com analistas e investidores.
Segundo o executivo, já há um projeto, em fase de estudos para uma Termopernambuco 2, que a empresa não planeja desenvolver, mas que pode ser vendido na fase em que está.
"A possibilidade de venda (da usina) nunca é descartada, se temos uma boa oferta, nós temos que fazer rotação de ativos... Mas ainda não temos oferta sobre a mesa. Nosso objetivo é prorrogá-la nos próximos anos."
O empreendimento tem a capacidade de gerar até 533 MW, segundo informações no site da companhia.
A usina mantém contratos de venda de energia elétrica (455 MW médios) para duas distribuidoras do Grupo Neoenergia por um período de 20 anos: Companhia Energética de Pernambuco - Celpe (SA:CEPE5) (390 MW médios) e Companhia de Energia Elétrica do Estado da Bahia – Coelba (SA:CEEB3) (65 MW médios).
(Por Marta Nogueira)