(Reuters) - A Nike (NYSE:NKE) retirou sua projeção de receita anual nesta terça-feira, e não atingiu as estimativas para a receita no trimestre, conforme luta contra a fraca demanda por calçados em meio à forte concorrência de marcas mais novas em todo o mundo.
As ações da companhia caíam 6% no pós-mercado norte-americano.
A empresa ainda não viu benefícios em vendas de seu esforço para acelerar a inovação com o lançamento de novas linhas de produtos, como os modelos Air Max Dn e o Pegasus 41, para retomar a demanda.
Os analistas também dizem que a Nike tem feito pouco para impulsionar a demanda e recuperar a participação de mercado de marcas como a Hoka, da Deckers, e a On, apoiada por Roger Federer, principalmente nos Estados Unidos e na Europa.
A gigante do vestuário esportivo foi prejudicada por uma redução nos gastos dos consumidores na China, o que levou a uma queda de 3% na região da Grande China. As vendas nos EUA e na Europa caíram 14% cada.
A receita líquida da empresa no primeiro trimestre caiu 10,4%, para 11,59 bilhões de dólares. Analistas esperavam queda de 10%, para 11,65 bilhões de dólares, segundo estimativas compiladas pela LSEG.
No entanto, a Nike reportou um salto de 120 pontos-base nas margens brutas, para 45,4%, a partir de suas tentativas de cortar custos por meio de demissões em massa e redução do fornecimento de alguns produtos de baixo desempenho.
O lucro por ação de 0,70 dólar do primeiro trimestre também superou as estimativas de ganho de 0,52 dólar por ação, de acordo com dados de analistas compilados pela LSEG.
A Nike disse em setembro que o veterano Elliott Hill, que atuou na companhia por 32 anos antes de se aposentar em 2020, assumirá como novo CEO em 14 de outubro, com a tarefa de retomar o crescimento das vendas e reconquistar participação de mercado.
Com Hill no comando, analistas esperam que a Nike comece do zero e reconstrua as parcerias de atacado que diminuíram sob o comando do CEO John Donahoe, que está deixando o cargo.
(Reportagem de Ananya Mariam Rajesh, em Bengaluru, e Nicholas P. Brown, em Nova York)