Inflação ao produtor nos EUA sobe mais que o esperado em julho
Investing.com – A Nvidia (BVMF:NVDC34) (NASDAQ:NVDA) divulgou os resultados do quarto trimestre acima das estimativas, além de projetar uma receita superior às expectativas para o trimestre atual, reforçando o otimismo sobre a demanda por seus novos chips de inteligência artificial Blackwell.
Mesmo assim, as ações da gigante dos semicondutores reverteram a abertura positiva no pregão desta quinta-feira em Nova York e operavam com uma queda de cerca de 3,79%, a US$ 126,28, às 13 h de Brasília.
Nos três meses encerrados em 26 de janeiro, a empresa reportou um lucro ajustado por ação de US$ 0,89, acima dos US$ 0,81 registrados no mesmo período do ano anterior, com uma receita de US$ 39,3 bilhões, representando um avanço de 78% em relação ao ano passado. As projeções dos analistas consultados pelo Investing.com indicavam um lucro por ação de US$ 0,84 e receita de US$ 38,16 bilhões.
A divisão de data centers, principal fonte de faturamento da companhia, apresentou uma receita de US$ 35,6 bilhões, um crescimento de 16% em relação ao trimestre anterior, superando as expectativas de US$ 34,1 bilhões.
Para o primeiro trimestre, a Nvidia projeta uma receita de US$ 43 bilhões, acima das previsões de US$ 42,05 bilhões. A margem bruta esperada para o período é de 70,6%.
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“Escalamos com sucesso a produção em larga escala dos supercomputadores Blackwell AI, gerando bilhões de dólares em vendas já no primeiro trimestre”, afirmou a Nvidia.
A projeção mais forte do que o esperado reforçou o otimismo em torno da demanda pelos chips Blackwell e atenuou algumas preocupações sobre o aumento da concorrência no setor corporativo, especialmente com a ascensão de empresas chinesas de IA, como a DeepSeek.
A crescente presença da DeepSeek, que oferece um modelo de inteligência artificial de menor custo, vinha pressionando a Nvidia, em meio a receios dos investidores sobre uma possível desaceleração nos investimentos em IA. Segundo analistas do Truist Securities, os novos modelos exigem um custo significativamente menor para treinamento e uso em comparação às soluções desenvolvidas no Ocidente.
Durante a teleconferência de resultados, o CEO da companhia, Jensen Huang, destacou que o pós-treinamento em IA continua impulsionando a demanda. Ele explicou que essa etapa exige maior capacidade computacional, pois os modelos voltados para raciocínio consomem mais recursos.
Huang também afirmou que as futuras gerações de modelos de IA serão ainda mais sofisticadas, podendo demandar centenas, milhares ou até milhões de vezes mais poder computacional.
O Blackwell foi projetado especificamente para o pós-treinamento, e a companhia está entusiasmada com sua adoção em larga escala, segundo Huang.
Sobre a evolução das margens brutas, a diretora-geral financeira (CFO), Colette Kress, mencionou que os números permanecerão na faixa baixa dos 70% durante a implementação do Blackwell, devido ao investimento da Nvidia na ampliação da capacidade produtiva. No entanto, com a maturação do ciclo, as margens podem subir para a faixa média dos 70% ao longo do ano.
Ao abordar o futuro da IA, Jensen ressaltou que a adoção da inteligência artificial pelo consumidor ainda está nos estágios iniciais. A próxima onda de inovação trará conceitos como IA agente, IA física e IA soberana.
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(Yasin Ebrahim e Scott Kanowsky contribuíram para esta reportagem)
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