A semana inicia com todas as atenções dos mercados globais voltadas para a reunião de política monetária do banco central americano na quarta-feira (26). Com isso, os investidores mantêm o pé no freio, como já era visto na semana passada, e a preferência pela aversão ao risco no início do pregão desta segunda (24).
Economistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34) disseram ver um risco de o Federal Reserve apertar a política monetária de forma mais agressiva do que as quatro altas de juros que o banco de Wall Street agora antecipa. O calendário de balanços da semana também está no radar, com nomes fortes como Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34), Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34), General Electric Company (NYSE:GE), 3M Company (NYSE:MMM) (SA:MMMC34), Deutsche Bank AG (DE:DBKGn) (SA:DBAG34),Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34), Samsung (KS:005930) e Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34).
Na cena doméstica, além de seguir o humor externo, o mercado também digere o Relatório Focus desta manhã, que trouxe um aumento na expectativa de inflação para o ano, dos 5,09% da última semana para 5,15%.
- Perto das 11h00, o Ibovespa (IBOV) caía 1,18%, a 107.651 pontos
- Locaweb (SA:LWSA3), Banco Pan (SA:BPAN4) e Méliuz (SA:CASH3)) eram os maiores recuos do índice
- O dólar subia 0,45%, a R$ 5,498, com a busca global por proteção. Já os vencimentos dos juros recuavam. O DI para janeiro de 2023 caía de 11,875% para 11,855%
- Nos EUA, o futuro do Dow Jones caía 1,23%, do S&P 500, 1,58%, e do Nasdaq, 1,96%
Contexto
O comitê de mercado aberto do Federal Reserve decide o rumo da política monetária nesta quarta-feira (26), e a expectativa do mercado é de que anuncie um aumento das taxas de juros para março. Isso marca o primeiro aumento em mais de três anos. O Fed também deve passar a reduzir o balanço patrimonial da instituição logo em seguida.
A maioria dos 45 economistas participantes da pesquisa acredita que o Fed usará o encontro dos dias 25 e 26 de janeiro para comunicar um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de referência para combater as pressões inflacionárias. Dois deles esperam um acréscimo mais substancial, de 0,50 ponto, que seria o maior desde 2000.
Os economistas, sondados entre 14 e 19 de janeiro, estavam divididos nas apostas entre três e quatro aumentos de juros em 2022, em resposta ao fortalecimento do mercado de trabalho e à maior inflação em quase quatro décadas.