A Administração Nacional de Tráfego e Segurança Rodoviária dos EUA (NHTSA, na sigla em inglês) revelou na quinta-feira, 6, que está buscando uma resposta atualizada e dados recentes da Tesla (NASDAQ:TSLA) a respeito de uma investigação em curso envolvendo 830.000 veículos da marca e seu sistema de direção totalmente autônomo FSD.
A NHTSA enviou uma carta à Tesla em 3 de julho solicitando atualizações para perguntas feitas em agosto de 2022. Segundo a carta divulgada pelo órgão regulador, a NHTSA exige respostas até 19 de julho.
A agência está investigando a funcionalidade do Autopilot após a identificação de mais de uma dúzia de incidentes em que veículos da Tesla colidiram com veículos de emergência parados. Além disso, a investigação tem o objetivo de determinar se os veículos da Tesla garantem que os motoristas permaneçam atentos ao utilizar o sistema de assistência ao motorista.
O Autopilot permite que os veículos da companhia realizem tarefas de direção, aceleração e frenagem de forma autônoma dentro de suas faixas designadas, enquanto a versão aprimorada da tecnologia pode auxiliar em mudanças de faixa, principalmente em rodovias. Vale ressaltar que as funcionalidades do FSD da Tesla permitem que os veículos obedeçam aos sinais de trânsito e placas de sinalização, mas não tornam os veículos totalmente autônomos.
A NHTSA relatou em 2022 que, em nove dos onze acidentes anteriores, os veículos não apresentaram envolvimento do motorista, alertas visuais ou sonoros até o último minuto antes da colisão, e em quatro acidentes não houve alertas visuais ou sonoros durante todo o uso do Autopilot.
A carta solicita atualizações sobre todas as mudanças feitas pela Tesla relacionadas ao envolvimento e atenção dos motoristas.
Desde 2016, a NHTSA iniciou 40 investigações especiais de acidentes envolvendo veículos da montadora, com foco em casos em que os sistemas avançados de assistência ao motorista, como o FSD, poderiam estar em uso. Durante essas investigações, foram relatadas 20 fatalidades relacionadas aos acidentes.
As ações da TSLA recuavam 1,76%, a US$ 277,52, por volta das 13h24 desta quinta-feira.