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'Os passageiros devem começar a voltar em abril', prevê diretor da CCR Mobilidade

Publicado 02.02.2022, 05:18
Atualizado 02.02.2022, 17:17
'Os passageiros devem começar a voltar em abril', prevê Marcio Hannas
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Marcio Hannas tem um currículo e tanto. É formado em Engenharia pelo ITA e tem MBA na UCLA. Trabalhou na consultoria Booz & Company em São Paulo e Nova York. Passou por Vale (SA:VALE3), Caoa e tocou o VLT Carioca por cerca de quatro anos. Desde 1.º de janeiro, é o presidente da Divisão de Mobilidade da CCR (SA:CCRO3). Entre suas atribuições está a gestão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que acabam de passar às mãos da concessionária. Ele afirma que é preciso ampliar e melhorar a oferta de serviços aos usuários. Ao Estadão, Hannas falou sobre os resultados da área em 2021 e diz que o número de passageiros transportados deve voltar a crescer em breve.

Como foi o desempenho da CCR Mobilidade em 2021?

A área de mobilidade ainda está sofrendo as consequências das restrições de circulação de pessoas por causa da pandemia. De todo modo, em 2021 houve um crescimento em relação a 2020. Em número de passageiros transportados, a alta foi de 6%. Porém, ao comparar dezembro de 2021 com dezembro de 2020, o crescimento foi de 20%. No início do ano, sofremos com a segunda onda da covid-19, o que prejudicou a retomada. Mas as pessoas estão aprendendo a lidar com a pandemia, adotando e criando regras e formas de convivência. Isso permitiu uma volta da circulação e, obviamente, o transporte público tem um papel importante na viabilidade desses deslocamentos. Na CCR, fizemos um trabalho grande para aumentar o conforto e a segurança dos usuários. Implementamos uma frequência maior de limpeza dos trens. No VLT, instalamos a abertura automática das portas, de forma que o passageiro não precisa mais tocar o botão. No metrô Bahia, adotamos um processo por meio de uma nuvem química que faz a limpeza do ambiente. Também passamos a trocar os filtros de ar-condicionado com mais frequência. Tudo para aumentar a segurança de quem utiliza o transporte público.

A CCR fez ações para esclarecer os usuários sobre os cuidados com a covid-19?

Divulgamos recomendações nos trens e nas paradas. Além de, obviamente, cobrar o uso da máscara nos trens e estações que são fechadas. Por causa do crescimento dos serviços de entrega, fizemos uma ação conjunta com o iFood e criamos, na estação Eucaliptos (Linha 5-Lilás) do metrô de São Paulo, um ponto de apoio para quem trabalha com delivery. O espaço tem banheiro e copa com micro-ondas onde eles podem aguardar os chamados, se alimentar e descansar com mais conforto. Doamos R$ 8 milhões ao Instituto Butantã para apoiar a fabricação de vacinas e R$ 3 milhões para a compra de insumos para as campanhas de imunização. E investimos em ações para que as estações não sejam apenas locais de passagem, mas também espaços onde as pessoas possam realizar e participar de ações culturais, por exemplo.

Como funciona o projeto?

Ele busca envolver as comunidades do entorno das nossas estações. Qualquer instituição que tenha interesse de usar as estações para atividades culturais pode fazer uma proposta. Ela será avaliada pela nossa equipe, para que possa ser viabilizada. É um trabalho que vai além de oferecer cultura para nossos passageiros. Ou seja, visa criar oportunidades para que as pessoas das comunidades possam mostrar seu trabalho. Ou seja, é um espaço onde elas podem fazer performances e divulgar sua arte.

Há outros serviços oferecido pela divisão da CCR?

No metrô Bahia, por exemplo, temos o locker. Por R$ 4, o vendedor deixa o produto em um armário fechado com chave digital. Ele informa o código para que o comprador retire o produto que comprou no momento em que preferir. Essa é uma tendência. Estamos sempre pensando em formas de agregar valor aos serviços oferecidos aos passageiros. Queremos que o nosso sistema não seja só de mobilidade urbana, mas que também traga facilidade e comodidade aos usuários. São iniciativas que ajudam a transformar o espaço e a prestar um bom serviço.

A CCR Mobilidade tem app e site de apoio ao usuário?

Temos o Quicko. O app funciona em localidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Ele oferece informações em tempo real que facilitam os deslocamentos urbanos. Ou seja, mostra qual a melhor forma de o interessado ir do ponto "A" ao "B", o tempo que vai levar e quanto isso custa. Nesse caso, o objetivo também é facilitar a vida do passageiro. A Quicko é uma plataforma multimodal, que reúne dados para promover a mobilidade urbana.

Quando o número de passageiros voltará a crescer?

Neste início de ano, o impacto da Ômicron está sendo grande. Mas, olhando o que já aconteceu em outros países, aonde essa onda chegou mais cedo, dá para imaginar que o pico será mais "fechado". Ele sobe muito rapidamente e também desce logo. Pensando pelo lado positivo, isso aconteceu no período de férias, quando há menos gente circulando. Nossa expectativa é de que em março ou abril a situação esteja mais bem controlada. Assim, a demanda deve retornar a patamares próximos aos de antes do início da pandemia. Claro que isso vai ser gradual. Houve mudança de comportamento da população e das empresas, que têm regras para evitar a contaminação e mais flexibilidade, como o home office.

Quais são os planos para 2022 e o que será feito para alcançar as metas?

A CCR acaba de assumir as operações das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM de São Paulo. É uma das maiores operações de mobilidade urbana do País e um grande desafio. Nosso plano é reformar sete estações até janeiro de 2023. No total, 26 estações serão reformadas como parte dos investimentos estimados em R$ 3,8 bilhões nos três primeiros anos da concessão. Os passageiros vão perceber uma melhora da infraestrutura e do serviço imediatamente. Também estamos avaliando novas oportunidades. Eles têm de ser sustentáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental. E é preciso que haja segurança jurídica para que a gente possa fazer investimentos. Esperamos continuar crescendo no País.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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