Investing.com – Os mercados mundiais até chegaram a esboçar uma alta no início das negociações desta segunda-feira, 2, mas logo reverteram, operando majoritariamente em baixa pela manhã, de olho em dados econômicos relevantes e nas estratégias de juros dos bancos centrais. Neste último trimestre do ano, os especialistas aconselham prudência.
Há uma percepção de que os mercados estão começando a precificar o risco de um crescimento fraco, até mesmo uma possível recessão em economias como a alemã, devido aos dados econômicos que refletem gradualmente o impacto das constantes elevações das taxas de juros. Essa análise foi apresentada pela Renta 4 (BME:RTA4).
A recomendação de prudência se baseia na desaceleração econômica, com uma crescente disparidade a favor dos Estados Unidos em relação à Europa e à China, embora a inflação ainda esteja muito distante da meta de 2% estabelecida pelos bancos centrais, o que não se espera atingir antes de 2025.
Juro alto por mais tempo
A perspectiva é que, embora as altas nas taxas de juros estejam se aproximando do fim, sua redução ainda demorará e será menos intensa do que inicialmente previsto, conforme confirmado pela recente revisão para cima do “dot plot” (gráfico de projeções) pelo Federal Reserve (Fed). Essa permanência prolongada das taxas de juros elevadas continuará afetando o ciclo econômico e, provavelmente, terá impactos nos lucros das empresas.
Embora tenha havido uma melhoria nas projeções de lucros para 2023, especialmente nos Estados Unidos, devido às maiores chances de um pouso suave da economia, ainda há incertezas quanto à capacidade de atender às expectativas de lucros para 2024, o que pode ser desafiador, segundo os especialistas.
Fase de consolidação dos mercados
O mercado não enfrenta problemas imediatos, mas, por falta de estímulos, tende a entrar em uma fase de consolidação, aguardando movimentos mais claros, na visão dos analistas do Bankinter (BME:BKT.
Em sua visão, a inflação e as taxas de juros, o crescimento econômico e as expectativas do mercado são os três principais fatores a serem monitorados até o final do ano. As avaliações das ações ainda oferecem atratividade, embora não em níveis explosivos.
A expectativa é que a inflação continue caindo, mas a redução das taxas de juros será mais lenta do que o esperado. É improvável que a inflação caia abaixo de 3%, mesmo em 2025, e é pouco provável que atinja a meta de 2% dos bancos centrais até o final desse ano.
Segundo o Bankinter, é importante que o mercado descanse periodicamente, o que não é motivo para preocupação. Isso resultará em uma fase de consolidação, embora possa ser um pouco volátil, mas não necessariamente em retrocessos substanciais.
No curto prazo, sua sugestão é reduzir a exposição a empresas de tecnologia em favor de setores como bancos, seguradoras, utilidades públicas e até empresas petrolíferas, embora isso deva ser considerado uma medida tática temporária, não uma estratégia de longo prazo. É importante lembrar que o cenário de investimento atual oferece oportunidades positivas, tanto em ações quanto em títulos, mesmo após ajustar pela inflação.
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