Investing.com - O balanço do primeiro trimestre da PagSeguro (NYSE:PAGS) não trouxe nenhuma surpresa, segundo o BTG Pactual (SA:BPAC11), ainda mais porque o guidance da receita havia sido divulgado em abril. Ainda assim, o mercado não reagiu bem aos números e as ações despencam nesta manhã.
Às 11h37, caíam 12,91%, a US$ 14,98.
Como esperado pelo BTG, o 1T22 foi beneficiado pelas taxas de pré-pagamento mais altas e pela tendência de reprecificação geral do mercado, à medida que o setor procura precificar a taxa Selic mais alta. A receita total da PagSeguro foi de R$ 3,4 bilhões, um avanço anual de 62%.
O crescimento foi impulsionado principalmente pelo aumento da penetração de cartões no Brasil e pelos ganhos de participação de mercado, impulsionados pela iniciativa SME hub, que agora responde por 25% do TPV de pagamento, segundo o BTG.
O PagBank encerrou o 1T22 com 14,3 milhões de clientes ativos, uma alta de 59% na comparação anual, e um aumento de 46% sobre o 4T21 na perda de Ebitda, que atingiu R$ 104 milhões.
De uma maneira geral, as despesas administrativas subiram 30% no ano, mesmo com a redução de investimentos em marketing e publicidade devido à decisão da empresa de ser mais seletiva para atrair novos clientes.
Hoje, as ações da PagSeguro estão sendo negociadas a 18 vezes o P/L 1S22 não-GAAP anualizado, segundo o BTG. O banco permanece preocupado com a qualidade dos resultados e acredita que os lucros possam ficar mais fracos no futuro, diante da alta dos juros e o aumento do Capex. Assim, o BTG mantém uma indicação neutra sobre as ações da PagSeguro, com preço-alvo em US$ 23.