PagSeguro muda marca para PagBank e tem alta de 6% no lucro líquido no 1º tri

Publicado 25.05.2023, 17:29
Atualizado 25.05.2023, 17:35
PagSeguro muda marca para PagBank e tem alta de 6% no lucro líquido no 1º tri

SÃO PAULO (Reuters) -O PagSeguro (NYSE:PAGS) registrou um lucro líquido de 370 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, alta de 6% na comparação com o mesmo período de 2022, conforme divulgado nesta quinta-feira.

Analistas, em média, esperavam lucro de 343,9 milhões de reais, segundo dados compilados pela Refinitiv. Com ajustes, em especial ao plano de incentivo a executivos, o lucro ficou em 392 milhões de reais, também alta de 6%.

O trimestre foi marcado por crescimento de receitas, enquanto o volume total processado (TPV) teve o pior resultado em um ano, embora a empresa tenha destacado evolução em categorias-chave. As despesas financeiras, outro indicador olhado de perto pelo mercado, voltou a diminuir na base sequencial.

A companhia também anunciou uma mudança de marca, passando a se chamar agora PagBank.

Oficialmente, o nome da empresa já era PagBank PagSeguro, para contemplar suas duas avenidas de negócios, de banco digital e adquirência, respectivamente. Agora, porém, o nome PagSeguro, como a companhia foi fundada, sairá.

"Faz todo o sentido trabalharmos com uma marca única", disse Alexandre Magnani, presidente da companhia, à Reuters. "Nós simplificamos o entendimento do cliente e ganhamos eficiência nos nossos investimentos em marketing. Também ajuda a chamar mais atenção para os nossos serviços financeiros."

O anúncio do novo nome veio junto com a divulgação de que o negócio de banco digital atingiu o breakeven (quando os ganhos se igualam aos custos) pela primeira vez, com Ebitda ajustado de 69 milhões de reais.

Receita sobe

A receita líquida total da companhia foi de 3,75 bilhões de reais no trimestre, avanço de 9% contra um ano antes. Analistas projetavam, em média, receita de 3,84 bilhões de reais.

Em adquirência, a receita foi de 3,5 bilhões de reais, avanço de 9% frente a igual período do ano anterior, com alta de 10% no TPV, para 88,1 bilhões de reais. É o menor resultado para o indicador desde o primeiro trimestre do ano passado. No entanto, a empresa observou que no segmento de micro, pequenos e médios empreendedores, seu principal foco, o TPV subiu 16%.

"O ambiente macroeconômico no primeiro trimestre foi mais desafiador, a indústria como um todo de meio de pagamentos cresceu a uma taxa menor", disse Magnani, observando que a reprecificação e uma otimização de despesas realizada no ano passado ajudaram a companhia nesse momento.

As receitas com banco digital foram de 331 milhões de reais, queda de 1% ano a ano, apesar aumento de 32% na carteira de crédito, a 2,7 bilhões de reais.

O volume de depósitos aumentou 66% na comparação anual, para 18,6 bilhões de reais, e a inadimplência acima de 90 dias caiu de 22,4% para 17,9% em um ano, diante da estratégia da companhia de priorizar crédito com garantia.

Do lado das despesas, um foco do mercado quanto à companhia vem sendo na linha financeira, diante do alto patamar de juros. As despesas financeiras no primeiro trimestre ficaram em 813 milhões de reais, um salto de 31% ano a ano, mas a segunda redução seguida na base sequencial, de 5%.

Essa redução foi muito em função da geração de lucros da companhia, melhores negociações com bancos e uso de depósitos para antecipar recebíveis aos comerciantes clientes do segmento de adquirência, segundo Artur Schunck, diretor financeiro da empresa.

As despesas operacionais avançaram 5% no primeiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano anterior, para 587 milhões de reais, impactadas por custos com a demissão de funcionários ocorrida no começo do ano. Em janeiro, a companhia anunciou a saída de cerca de 500 pessoas.

(Por André Romani; edição Paula Arend Laier)

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