A Betnacional enviou uma proposta para tornar-se a nova patrocinadora máster do Palmeiras. A oferta, apurada pelo Poder360, sugere um contrato de 3 anos a partir de janeiro de 2025, com um pagamento de R$ 90 milhões por ano –somando R$ 270 milhões ao longo de todo o contrato. A Crefisa, atual patrocinadora máster, ainda continuaria no uniforme do clube, mas deixaria o posto de patrocinador máster.
Adicionalmente, a proposta contempla até R$ 10 milhões anuais em marketing compartilhado para ações promocionais conjuntas e, ainda, bônus por desempenho esportivo, com pagamentos adicionais por conquistas de títulos. Isso incluiria:
- Campeonato Paulista: R$ 3 milhões pelo Paulistão;
- Copa do Brasil: R$ 7 milhões;
- Brasileirão: R$ 10 milhões;
- Copa Libertadores: R$ 15 milhões;
- Mundial de Clubes da Fifa: R$ 25 milhões.
Outras empresas do setor de apostas também estão interessadas em patrocinar o Palmeiras. A oferta chega em um contexto de debates entre os torcedores do Palmeiras sobre a necessidade de reajuste no patrocínio atual da Crefisa/Fam, que gira em torno de R$ 81 milhões anuais.
O contrato do Palmeiras com a Crefisa iniciou em 2015 e, ao longo desses anos, o clube acumulou uma dívida considerável com a patrocinadora. Os valores da dívida com a Crefisa estão relacionados a contratação de jogadores financiadas pela patrocinadora, incluindo atletas como Luan, Guerra, Carlos Eduardo, Dudu e Borja.
Em 2018, foi acordado que o Palmeiras reembolsaria esses valores com acréscimo de juros baseados na taxa de CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Se algum dos jogadores contratados com esse aporte fosse vendido, o clube deveria devolver o valor com os juros acumulados pela transferência.
Além dessas negociações, o Palmeiras tem utilizado os bônus pagos pela Crefisa após conquistas de títulos para reduzir a dívida. Exemplos disso são os títulos do Campeonato Brasileiro de 2022 e 2023, e o Campeonato Paulista de 2024, que rendeu R$ 4 milhões pagos pela Crefisa. No Campeonato Brasileiro, a premiação é de R$ 12 milhões.
A dívida do Palmeiras com a Crefisa atingiu R$ 172,1 milhões no final de 2019 e, desde então, vem sendo reduzida e clube não recorre mais aos aportes da empresa para contratações. Segundo o clube, o método de pagamento das dívidas permanece o mesmo desde a gestão de Maurício Galiotte (2016-2021).
Em março de 2024, a dívida com a Crefisa era de R$ 20.040.000, sendo R$ 5.090.000 de dívidas circulantes e R$ 14.950.000 de dívidas não circulantes.
