Investing.com – De acordo com estrategistas do Morgan Stanley (BVMF:MSBR34) (NYSE:MS), a contínua estabilização no índice de surpresas econômicas deve sustentar as ações cíclicas de qualidade, mesmo diante da elevação dos rendimentos.
O banco de Wall Street recentemente revisou sua visão, favorecendo ações cíclicas em detrimento das defensivas, com base nas correlações positivas entre cíclicas e taxas de juros. Essa mudança ocorre à medida que o mercado de renda fixa, que tende a reter preocupações com o crescimento por mais tempo que o mercado de ações, sinaliza menor apreensão com os riscos de desaceleração, em linha com dados econômicos resilientes.
CONFIRA: Ações americanas que mais pagam dividendos
“Essa confirmação nos dá mais confiança em nossa recente elevação das cíclicas em relação às defensivas,” afirmaram os estrategistas em nota na segunda-feira.
Por outro lado, as ações defensivas mostram correlação negativa com os rendimentos. Basicamente, dados macroeconômicos positivos ainda são “bons” para muitas ações cíclicas de grande capitalização, enquanto impactam negativamente as defensivas, observa o Morgan Stanley.
“Portanto, uma maior estabilização no índice de surpresas econômicas deve continuar a apoiar o desempenho relativo das cíclicas de qualidade, mesmo em um ambiente de rendimentos mais elevados,” enfatizaram os estrategistas.
Além disso, o sentimento e o posicionamento nas cíclicas permanecem baixos, especialmente no setor financeiro. A empresa elevou as ações financeiras para overweight na semana passada, citando diversos fatores positivos, incluindo a recuperação da atividade nos mercados de capitais e um ambiente favorável para o crescimento de empréstimos projetado para 2025.
Também foram mencionados a possível aceleração nos programas de recompra de ações após a reproposta do Basel Endgame e as avaliações atrativas relativas ao setor. Os estrategistas ainda observaram que as ações de bancos já haviam reduzido riscos após comentários cautelosos dos grandes bancos em meados de setembro, o que estabeleceu uma expectativa mais baixa para a temporada de resultados, que os bancos parecem estar superando.
Olhando adiante, o foco se volta novamente para as próximas eleições nos EUA. Nesse contexto, os estrategistas apontaram três dinâmicas principais.
Essas incluem a visão de que o ciclo econômico “continua mais relevante do que o resultado das eleições,” a possibilidade de aumento da volatilidade em anos eleitorais, que normalmente atinge seu pico entre setembro e outubro antes de declinar em novembro, e os padrões históricos que indicam uma preferência por ativos de qualidade durante anos eleitorais.